quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O SÁBADO é um dia para se dançar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Na ARTELARIA:
9h -Aula de Técnicas de Acrobacia Aérea (TECIDO) - Circo -com TATIANA VALENTE
Investimento - R$ 5.00 a aula
14h - Ballet Clássico para Iniciantes - com FELIPE DAMASCENO
Investimento R$ 5.00 a aula
15:30 - Técnicas de Dança Moderna (Martha Graham) - com RUBÉNS LOPES
Investimento R$ 5.00 por aula
17h - Dança Contemporânea com SILVIA MOURA
Investimento R$ 5.00 por aula

Aos Sábados .
Divulguem esta Iniciativa

O que está para acontecer

EM AGOSTO:
Dias 7 e 8 - Participação no Espetáculo "OS REIS PREGUIÇOSOS" do Grupo Francês TRANSE EXPRESS - Praça 31 de Março na Praia do Futuro ás 19h
Dias 11/ 18 e 25 TERÇA SE DANÇA ás 20h no SESC IRACEMA com participação de vários convidados

Dia 15 o dia todo e a noite - OCUPA-SE na ARTELARIA
Dia 29 Começando um novo projeto no Poço da Draga - ás 17h - Espetáculos, Performances de Dança e Música
Não Percam e Divulguem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009



VAMOS OCUPAR ?????

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sentado.Parado.Com as calças cheias de areia.


Esse caderno foi comprado com o único destino de servir de registro de aulas de um cursinho que eu tinha me matriculado.Não consegui ficar para fazer o curso,não consegui trair minha dança,não consegui trair meu sonho,e talvez a única coisa que ainda me faça interessar-se por esse mundo.Não me vejo fazendo outra coisa,não me vejo sendo um outro alguém,além do bailarino que me conheço e em mim reconheço.Chorei de medo,medo da vida,medo do que essa escolha possa vir a acarretar em meu destino.Vim da assembleia a pé e agora estou cercado de areia que me fazem enxergar o quão pequeno eu sou,de frente ás águas salgadas da beira mar,nas quais lavei minhas mãos assim que cheguei para limpa-las do cheiro de cigarro.Acredito nunca ter visto um por do sol tão esplendoroso e perfeito como esse que vislumbro agora,o céu fechado de nuvens cinza-azuladas deixa escapar apenas um raio de sol de sua barreira,como meus focos vividos e sentidos.O céu parece me esmagar,como meus lençóis em meus momentos de solidão.Eu ainda quero gritar,a vontade que vem agora e de entrar no mar e sumir nele,dissipar-me como quando as ondas desse mesmo mar encontra as pedras.O homem de tenis e blusa azul passou caminhando em minha frente pela quarta vez.O foco se foi,o que resta agora é um tom alaranjado que vai gradativamente,ao seu tempo,se intensificando ao longe,rumo ao horizonte -Talvez lá,depois do horizonte,seja vermelho.Eu gosto de vermelho.Não consigo mais chorar.Tenho medo do tempo.Tenho medo da morte.Tenho medo de viver.O nome da cachorra é Lady e sua dona não chega a esse posto com esse vestido vermelho floral e sua voz alta e nazalizadamente rachada.O azul das nuvens fica cada vez mais marinho(mar,kkkk).Sair criar momentos e afogá-los no álcool e na densa fumaça de meus cigarros,eu sei que isso não vai resolver ,mas necessito esquecer quem sou,de onde vim,e o que faço nesse mundo(apesar de não ter respostas para nenhuma dessas questões aqui colocadas).Chega de tentar fazer um texto bonito,eu quero viver,sentir-me vivo,inteiro,viver orgasmicamentee sentir cada gozo que essa vida pode me proporcionar.-A dança me salva-,diz Silvia Moura,e eu acredito cegamente nisso,e nela. Felipe Damasceno.

domingo, 7 de junho de 2009

Ocupa-se - diálogo 1.


Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...


Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.


Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.



Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam.





ps. frases de carlos drummond de andrade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eu não gosto da sensação de pessoas que não se colocam diante das situações e pessoas que dizem estar num lugar e muitas vezes não estão. Eu não gosto de ensaios de última hora, de ficar chamando 5, 6 vezes e perceber que ainda falta muito para mim e como eu posso correr atrás disto? Vou começar a correr só contra ou a favor do tempo, com ou sem você. Eu queria tudo mais organizado, mais claro, mas como eu posso querer isso se eu mesma sou um poço de confusão e desorganização? Tudo me é contra e eu remo contra a maré. Penso que ser do CEM não é ser do contra mas muitas vezes sinalizamos o que talvez nem nós mesmos queremos enchergar. Desilusões, vontades, frustações, coragens, dançar com quem eu quero e com quem eu não quero, me deparar com minhas próprias limitações e erros e o que fazer diante disto? Acho que esse último ponto é o que mais aprendo no CEM. E o que é dançar ein? Será que eu realmente danço coletivamente? Será que dançam comigo? Por quê eu quero dançar? Por quê eu quero estar em cena? Minha alma quer gritar...

Li Braga.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

da dificuldade de dizer...

Nesse momento tem sido muito dificil falar ou escrever sobre qualquer coisa.Um vazio cheio de prenchimentos se instala em mim. O que é ser do CEM ????
O CEM é uma atitude que tomei e que se transforma a cada segundo -dentro e fora de mim.
OK!!!! Nós somos do CEM.
O que me aprisiona ?????
O que me imobiliza?????
Quando eu era criança...
Desculpa...
Verdade - Mentira.
ERREI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Saudade Dôce Macho!!!!
Então.
Tenho medo de ....
Você mentiu hoje ????? Você gosta de mentir????????????
Eu sou culpado.
Eu sou inocente.
Uma mulher caminha sozinha ao sol de meio-dia, ela tem na mão uma bolsa...
Mentiras sinceras me interessam,pequenas porções de ilusão!
Eu me sinto nada quando...
Ontem a noite. Entre móveis e automovéis me sinto presa.
Raspas e restos.
Tantas coisas, tantas...
Poderia ficar horas lembrando ..
Tudo isso é o CEM, idéias, sonhos, mudanças,saídas, sofrimentos, pressões.
10
Ok!!!! nós somos doCEM.
Qual será a próxima?????????????????/
Por Silvia Moura

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Por estar lá.


Vou começar por assim dizer sem saber por onde começar, mas é fato que é necessário que eu diga, que eu não me cale, que eu possa me usar do que muito aprendi (con)vivenciando com Sílvia, com o CEM.
Saí de corpo apertado, ao mesmo tempo que corpo livre... Liberto, alma leve a voar... Por quê? Depois de muito tempo, muito tempo, você irá perceber que o CEM é um estado da alma, é um sonho, é um querer estar sempre atento para ás pessoas e para o mundo.
O CEM não são só coreografias, nem aulas, nem encontros, nem rasgações de roupas sujas... Cem é um grito de almas inconformadas, é uma relação verdadeira, embora tenha todas as suas dificuldades, desentendimentos... É normal. Digo que é normal.

Sê forte, sê inteiro.

Devemos estar sempre presente ao tempo que passa pra que ele não se esvaia e você ficou sem fazer nada, é preciso caminhar mundos e fundos para se dizer

EU SOU DO CEM!!!

Porque ser do CEM não é apenas uma porta que se abriu e você entrou.

É mais, muito mais que isso.

Porque ser do CEM não é apenas seguir ypisilindre as regras, as aulas, as criações, as marcações de cena.

É mais, muito mais.

CEM é transgressor de corpos, no bom sentido.
Lá, ou aqui, você é você e ninguém mais.
Aprende a se ouvir.
Aprende a ser decisivo.
Aprende a não ficar de braços cruzados.

Pra qem pensa que é fácil, que é só entrar, que é livre, que é só mais um espetáculo.........................................

Engano.

Não é só... só mais um ou só aquilo.

É preciso sentir, perceber que o CEM é divisor de águas, é uma idéia, é você!!!!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

PROJETO FORA DE HORA no THEATRO JOSÉ DE ALENCAR
Sextas-feiras de maio ás 22:30
O CEM apresenta CORPOS APRISIONADOS
NÃO PERCAM

domingo, 26 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

NESTA SEXTA DIA 24/04 NO PROJETO FORA DE HORA
ÚLTIMA APRESENTAÇÃO- NÃO PERCAM

domingo, 19 de abril de 2009

OCUPA-SE


Ocupação

Onde : ARTELARIA (av. da universidade 2642-altos)
Quando : dia 02 de maio
Horário: À partir das 9hs: Aulas gratuitas, intervenções de rua, apresentação de performaces, brêchó e mais.(programação gratuita)
À partir das 22hs: Dj Uirá dos Reis(Ingresso: R$3,00)

Porque: Existir e comemorar o aniversário de 7 anos do CEM.
Imperdivel!!!!
Quer saber mais ?
Quer participar ?


Entre em contato: -Participantes do CEM
-Comunidade do Orkut
-E-mail: cemovimentos@yahoo.com.br

Divulguem essa iniciativa.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ou é agora ou não é mais!


Ai, já esta doendo só de tentar dar início a essa frase!

A tempos eu pensava em escrever. Já neim lembro mais do último texto que postei aqui. Bom, perciso dizer o que vem me sufocando a dias, semanas sei lá...
Não sei nem por onde começar, vai de uma vez: sinto-me estranha com relação ao grupo. É péssimo admitir isso! É péssimo estar nessa situação! O CEM tem um trabalho lindo de dança, é um trabalho que eu realmente acredito, Que eu queria permanecer, mais que infelizmente não consigo mais estar. Não da forma como era, da forma de antes. Eu mudei, o trabalho continua o mesmo, mais eu não. (Me sinto horrível de estar dizendo isso por palavras escritas e não palavras ditas. As palavras escritas podem ser arquivadas e quando relidas doem muito mais no coração do que as palavras ditas na intensidade do momento, que facilmente são perdoadas( ou não né?!) me perdoem por isso!)

Não sei dizer o que é.( Talvez seja só um período de solidão, que eu fico tentando disfarçar na minha falta "suposta" de tempo. Nessa busca desesperada em preencher os horários vagos da agenda, que me fazem não estar em nada de verdade e estar em tudo na metade, dividida, acabada, com sono, cansada, chegando atrasada... sei lá..( como dói admitir isso) ai! ai!)Estou tão confusa tentando entender esse meu estado que até parênteses dentro de parênteses eu estou colocando! (Pelo menos uma piada!)

Só sei que nada mais é igual.
Se o tempo podesse voltar! Gostaria de reviver essa semana, esses tempos, e de alguma forma muda-lo. Não quero mais estar no grupo dessa forma iresponsável que agora me acho! Não quero ter esse sentimento( de sei lá o que!) sempre que estou com as pessoas, por que eu gosto delas, e não quero estragar isso! Não quero estragar o que consegui conquistar, sendo irresponsável dessa maneira! Não quero olha-las e não me sentir bem nesse convívio, que sempre me pareceu tão bom e aconchegante! São pessoas que eu confio.

Dia três de Abril tive uma experiência indiscritível no grupo. O IndGente pra mim nunca foi tão especial. Precisava daqueles pregos. Pregos engolidos, pregos desejados.
Desejados de forma alucinante, insana. Minha Anatomia não permitiu engoli-los então vomitei...
coloquei pra fora tudo o que me aflingia, fiquei leve.

Foi poético, mágico momento de dança! Que agora nessa madrugada compartilho com vcs. Dessa minha decisão partiram muitos comentários eu sei! Algum chegaram até mim em forma de elogio, incompreendidos talvez! Não tinha refletido ainda sobre tudo isso e uma trágica discurssão aconteceu, abalou muito minhas certezas!Me tomou de tristeza! Me fiz nela. agora não consigo me recuperar. Sei lá tudo já foi resolvido, mais nada é como antes, a resolução tomou outro rumo!
PAreço cansada, tenho vergonha!

Ai.........
Gente eu não sei mais onde quero chegar, não consigo mais sintetizar meu pensamento! Socorro! A confusão me tomou! E não tenho vontade de parar de escrever!
Por favor entendam -me. O tempo! O tempo me levou! E agora sou DELE!


Sem mais pensar: TAYANA TAVARES

sábado, 11 de abril de 2009

Nulidade

Ainda tentando entender-me nos processos, como é difícil estar naquele momento, talvez como um reflexo da minha profunda incomodação do não estar das pessoas, da passividade delas meu corpo se fez igual. Estranho a música, a confusão do que eu estou fazendo aqui, de não me reconhecer naquela dança, do nu me incomodar, de tentar achar alguma proximidade nos olhos das outras almas dançantes e não conseguir, a mente mandando eu falar e eu não querendo falar, o que eu ia dizer? Prefiro o meu silêncio cheio de lágrimas, lágrimas muitas que eu ainda não chorei e não consigo pôr elas para fora. O menino pássaro que chorou em mim, a dor dele me inundou por dentro. Horas antes mesmo de entrar em cena e o público já posto, eu olhava mas não queria ver ninguém, sentir-me desnudada antes da hora. Ao menos a relação forte de aproximamento e afastamento o que causou uma tensão, além da prisão com o saco preto, a dor inerte de dentro de alguma forma tentando se expressar. É muita gente junta querendo falar de suas dores, será que a minha cabe... Na verdade eu não quero que ela caiba em algum espaço, eu quero que ela se faça presente no meu corpo, no meu olhar, na minha intenção se assim couber. Palavras que me fizeram estar diante das minhas ainda limitações, limitações essas que eu quero romper. Eu quero me sentir frágil, poder chorar em paz sem querer engolir meu choro com a pretenção de sustentar meu enorme ser nas minhas costas. Enorme não só pelo tamanho físico mas pelo tamanho da alma. Cheia de buracos, de espaços não preenchidos... E o que é a indgência proposta, pedida? O que é aquele lugar marcado que eu tanto quiz e ainda quero estar, será forma de proteção? Eu me sinto perto, minha alma perto, mas minha cabeça longe... Quero entender racionalmente, mesmo as vezes nem sendo importante. E é? E as minhas dores estão saradas? Como dançar assim? Como estar ali? Estou? [VAZIO]

Li Braga.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Os Ombros Suportam o Mundo

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifíciosprovam apenas que a vida prosseguee nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculoprefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade


ps. primeiro texto por mim dirigido pelo CEM no I CEM -FÉRIAS no Teatro José de Alencar com Silvia Moura e Marconi Basílio.
Foi tudo!!!
Até hoje guardo em mim as minhas sensações de escavar em terra seca.

terça-feira, 7 de abril de 2009

http://img11.imageshack.us/img11/3299/imagemkuu.jpg
OCUPA-SE
Onde : ARTELARIA (av. da universidade 2642-altos)
Quando : dia 02 de maio
Horário: de 9h até............................ De madrugada.
Porque : Queremos existir e comemorar o aniversário de 7 anos do CEM.
Imperdivel!!!!
Quer saber mais ?????
Quer participar ?????
Entre em contato.

NÃO PERCAM

TERÇA SE DANÇA no SESC IRACEMA ás 20h
Dia 14 DESERDADOS e MACREMA com o CEM
e a Cia Em Dois Apresenta TINHA QUE SER
Ingressos Inteira R$ 2.00 Meia R$ 1.00
SEXTA no THEATRO JOSÉ DE ALENCAR ás 22:30
Dias 17 e 24
PROJETO FORA DE HORA - o CEM apresenta IND GENTE uma dança para a solidão
Ingressos Inteira R$ 10.00 e meia R$ 5.00

DIVULGUEM ESTAS INICIATIVAS

Desabafo...

Me sinto cansada... Calma!!! Nem se preocupem, não penso em desistir.
Mas, um cansaço se instala no meu corpo.
Tenho pensado, são 7 anos pensando sobre a vida e transformando tudo isso em dança.
Uma dança cheia de sobresaltos.
Uma dança quase impossivel.
Refletimos sobre o que nos causa inquietação, isso nos inquieta.
Entendo o porque da "alienação" vigente- é mais fácil fechar os olhos e seguir.
Pensar, refletir-nos tira do lugar, nos fazer fazer perguntas que às vezes não se seguem as respostas.
7 anos remoendo entranhas, transformando sensações que mudam no nosso corpo a cada dia, o grupo muda, as pessoas mudam, os discursos mudam, os corpos mudam.
Vejo as perguntas ganharem pequenas nuances, as dores se deslocarem de um corpo para outro, os questionamentos se calarem em um para ser refeito por outro.
Não é fácil estar em grupo, construir algo que perdure no tempo, que se faça necessário a cada dia.
Ensaiar, se preparar, aulas, aulas, discussões, desencontros, luta pela sobrevivência, criar, realizar projetos "novos", aulas, aulas,aulas, cunprir compromissos.
Não é fácil a rotina de trabalho de grupo, passamos tantas horas juntos, buscando, quantas horas de aula em 7 anos???? Quantos espetáculos realizados??? quantas apresentações feitas??? quantas pessoas já estiveram aqui??? quantas foram embora???? Quantas vezes nos estranhamos??? quantas nos encontramos????Quantos TERÇAS SE DANÇA fizemos ??? Quantos não fizemos????Em que lugares demos aula??? Quantas pessoas tocamos com nosso trabalho????Quantas vezes nos tocamos com nosso trabalho??? Quantas imagens foram produzidas???? Quantas discussões foram levantadas????
O tempo...
Não consigo responder a maioria das perguntas...
Cem Desabafo.
Cem insistência.
Cem Luta por existência.
Cem Afirmação.
Cem afastamento.
Cem Enfrentamento.
CEM DANÇA.
Por Silvia Moura

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dança Desabafo.


Hoje eu pensei um bocado em várias coisas. Na vida -que é uma questão persistente. Nos meus sonhos - que são questões florescentes. E no meu presente - esse que a gente nunca consegue definir.

Pensei, porque vivo em uma confusão estrema, que até tento compartilhar com outrem, mas nunca dá certo. Sou impedido pela força interna do orgulho. (cá entre nós: orgulho de não querer falar que sou confuso). Mas, pomba! Eu sou e pronto. Eu me confundo com tudo ao mesmo tempo, e acabo criando uma confusão com o tempo. Como me confundo agora, e confundo a você.

Um cara chato, falando bobagem no meio de sua madrugada estúpida. - A minha madrugada, só minha. Não se meta!

Ainda na confusão, eu percebo sua normalidade. Uma confusão normal. (confuso, não?). E só aí entendo que não! Isso não acontece só comigo. É um daqueles fatos inexplicáveis que persistem em todos os seres, humanos ou não.

Somos induzidos a pensar que somos anormais. Sim! Induzidos (por uma sociedade encoberta). Mal sabem eles que nós sabemos que a Normalidade Extrema está lá, em seus corpos, imbuída de uma força talvez até maior que a que está presente em mim.

Eu alio tudo o que passo à minha pouca convivência nesse grupo especial. E alio também, às minhas faltas irresponsáveis. Não é desculpa nenhuma. Posso chamar de: Dança desabafo.

E meus questionamentos sobre a Vida, os Sonhos e o Presente se entrelaçam, e a confusão cresce. E eu percebo que adoro isso, porque me vejo crescer em alma.

É sua missão: apagar tudo que foi lido da sua memória em 5 segundos. * * * * *

Isso, junte-se a mim. Perceba-se.
Jesuíta Barbosa.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Conexão corpo-mente-pensamento

De tudo me ficou a convicção de que não dirigimos nossa atenção impunemente, seja para onde for. Desejos e intenções são instrumentos poderosos, que acabam por determinar nosso futuro, seja o mais imediato, seja o mais remoto. Aprendi que não estamos nunca sós, e vivemos sempre em comunhão com o grupo a que pertencemos. Uma espécie de ressonância entre energias afins faz com que participemos, mesmo a distância, da vida energética grupal.

Fauzi Arap - MARE NOSTRUM sonhos, viagens e outros caminhos

2:00 da manhã




Sinto como se tudo que me cercasse me agredisse.Estou passando por algo que acredito que me mude.Uma solidão aguda me grita aos ouvidos todas as noites.Me pego as duas da manhã vagando pela rua deserta,deserta e vazia como ando me sentindo nos ultimos dias.Tudo que eu normalmente engulo e deixo pra la ta me engasgando.Agora os pregos todos estão sendo vomitados em algumas horas erradas e em algumas pessoas erradas.Preciso chorar rios sem precisar de motivo.GRITAR! e sair desse estado mórbido que me encontro.Quero poder parar de ver preço de tudo na minha frente,parar de ver etiquetas em tudo e saber que mesmo o preço sendo relevante eu não poderei pagar.Desculpem-me talvez esteja misturando minha vida pessoas com o trabalho.Preciso de ajuda,ajuda da dança do CEM.Preciso de mim mesmo,de me sentir.




foto:Velma Zehd

domingo, 22 de março de 2009

Perguntas


Sei nem se é preciso, mas me sinto na obrigação, necessidade, sei lá de falar qualquer coisa que seja, nem que seja para rodar e rodar e rodar assim como faço agora. Ontem, passando depressa nos canais televisivos um falatório me chamou atenção. A escritora falava assim, no canal 5 que o ato de perguntar deixa o corpo em movimento, que depois de uma pergunta você não é mais a mesma. E a partir disso que vem minha oratória.

E agora, José, Maria, Li, Thiago, Roberta, Silvia, Felipe? E agora,, o que fazemos nós?
Mudamos de trajetória?
Sim?
Não?
Para onde estamos indo?
Quem somos hoje?
Quem fomos ontem?
Quem seremos amanhã?]
O ser muda?
O que fica dos resquícios de multidões?
O que fica de mim no todo? Que contribuições eu dei? O que eu fiz? Eu o sei? Ou passei feito nada, indigente, fria, sem dores... O que é em mim vocês hoje? Que pretensões tenho quando penso nas terças, as lindas terças-feiras rodeadas de muito trabalho, empenho, sonhos, utopias, desejos, união? Hein? Alguém me responde, ou perguntas servem para me deixar em suspensão de respondê-las...
Fico muitas vezes calada.

No livro que leio agora [ Mare Nostrum sonhos, viagens e outros caminhos de Fauzi ARap] me aconselha para a sobrevivência o ato de calar-se. Diz ele que desperdiçamos muitas energias com conversas, diálogos que não tem propósitos de outros caminhos, de seguir em frente, de dar a volta por cima. Falar só quando eu perceber que minhas palavras permitirão outras saídas, não quero nem vou vou deixar encurralarem-me, nem a vocês. É assim, posso estar neste momento indiferente ás dores alheias, posso estar imbuída de mim, do que eu tenho pra fazer, do que eu quero conquistar, para onde quero seguir, posso. Todos tem sem tempo para pensar, discutir consigo mesma, mudar de posição para ver o mundo e as pessoas de outros ângulos... E o que eu vejo me deixa engasgada, com dor no peito, nem sei bem o que se passa, nem sei bem o que vocês falam, só sinto intuitivamente que toca em mim, toca no que eu tenho de mais sincero no meu corpo.

Será que é imaginação? Será que é defesa? Será que é solidão?
Será que será?

Cuidem-se, apaziguem a dor, sarem, dancem, vivam, não deixe nem sequer o pensamento de falecimento se apoderar de suas cabeças-dançantes, não caiam, não se isolem, não se percam... Por aqui me ligo a todos seus passos. Vocês sou eu e eu sou vocês.

A dor tão doída também dói em mim.

sábado, 21 de março de 2009

Confusão

Sexta foi difícil. Pesado. Opiniões e sentimentos dos mais antigos postos para fora. Muitos se sentem confusos, eu também. Me senti um turbilhão, apenas escutando. Às vezes queria falar, mas achava melhor me recolher. Entrei agora e eu sinto o CEM de uma forma tão diferente da visão desgatada que me é dita. Me sinto empolgada, aberta, com difilcudades, preguiças e muita vontade de estar no grupo do qual sim eu me sinto parte, a pergunta que Silvia colocou aos novos e a presente novata era eu, a Li ali. Nem sei se essa muita vontade minha é bastante, mas mesmo nesse emaranhado todo que eu sinto, que eu vejo, percebo sei lá eu quero continuar. Talvez essa força de uma nova integrante possa renovar as forças dos antigos, talvez não. Sinto necessidade de estabalecer mais relações ali, de me aproximar mais. E me sinto tão feliz quando penso em algumas das pessoas as quais tenho me aproximado, em outras das quais fortifiquei a amizade. Assim como Silvia acredito que o sonho dela ou utopia como também foi mencionado não vai morrer. Nem que eu faça duos com Silvia, rs. Claro, sei da vontade e do esforço de muitos ainda ali. Percebo também o enorme carinho dos que se sentem mais desgastados ou cansados. Eu não entendo tanta coisa ainda, talvez nem queira entender apenas sentir. Eu não sei explicar, mas eu já tenho uma ligação enorme, um apêgo há algo que a cada semana me soa mais imprevisível e inseguro. Sinceramente me sinto privilegiada por estar me descobrindo na dança com o CEM, que as visões dos muitos de fora são muitas vezes tão feias, preconceituosas... Mas enfim, quem está mesmo para agradar? Eu faço e estou ali por necessidade. As vezes nem vontade é... Estranho. Gostaria de afagar a todos com minhas danças ainda meio tímidas e cheias de defeitos e mil aprendizados pela frente. Mas as minhas danças são verdadeiras, são intensas e isso não se encontra em 10 anos de mestrado, no livro tal, ou na técnica tal... Não menosprezando a importância que isto possa ter. Quero muitas danças-desabafo que o CEM possa me trazer. Quero muito, eu sempre quero muito.

Li Braga.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quem somos?

Gostaria de saber iniciar um texto, uma carta ou qualquer outra coisa que se escreva na intenção de que alguém o leia depois, mas não sei. Principalmente porque não estou sabendo lidar com todas as coisas que estou pensando e sentindo em decorrência da gota de água que nos empoçou na ultima terça feira, ou melhor seria dizer das varias gotas que resolveram cair todas ao mesmo tempo e na mesma poça.
- O que é ser um grupo? Pergunto-me enumeras vezes, na tentativa de compreender a razão da qual estamos juntos. Muitos se foram, os que ficaram já não são os mesmos, e os que estão de chegada provavelmente ainda nem saibam onde estão entrando.
- É a ideologia. Penso que encontrei a resposta. Mas talvez não seja suficiente, não nesse agora que me encontro, pois essa ideologia me acompanhará por onde eu for, sozinho ou acompanhado. Nesta ultima terça, cumpri com a minha obrigação de um compromisso estabelecido em grupo, e ao chegar não estavam todos que deram sua palavra. Interrogo-me se foi fácil para eles o momento de desistência deste compromisso, e se realmente isso foi uma desistência. (foi?)
Não quero super dimensionar a decisão deles para alimentar os meus motivos.
Também nessa terça cinzenta de clima úmido e temperaturas elevadas, foi levada em consideração o poder e a capacidade de escolha de cada um, e chegamos a um consenso, mas talvez isso não seja o que algumas pessoas esperam. Não a decisão, mas a liberdade delas escolherem. E o que eu posso dizer em relação a isso, quem sou eu para reclamar? Se certa vez me pediram uma opinião, e antes mesmo que a resposta fosse dada a decisão já estava tomada e eu apenas me calei.
(Será que esse era o momento de colocar a mochila nas costas e sair batendo o pé sem olhar para os lados?)

Talvez não seja mais o tempo de apontar dedos ou de cochichar nomes ausentes.
Acredito, que pelo menos para mim, seja essa a hora de admitir. e se cada um admitir o que lhe cabe, não sobrará espaço para tocar no nome de ninguém, pois ele já terá se pronunciado. Peço perdão a todos do grupo por esta postagem. Essas palavras são o que se passa em mim neste agora em que me encontro, não está sendo bom, mas está sendo verdadeiro.
Se eu fosse falar provavelmente minhas palavras não acompanhariam o meu pensar, e eu me calaria ao ouvir o som da próxima voz.

Esta é a única forma que encontrei de dizer essas palavras de um jeito que todos ouçam da mesma maneira, livre para sua própria interpretação e não a de outro alguém.
Quero ficar sozinho, quero um cantinho frio e escuro com algumas cobertas que me engane a solidão. quero cantar baixinho uma cantiga de ninar para acalmar o meu silencio. Não quero sair de lá.
THIAGO BRAGA.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ind gente uma dança para solidão...

O Ind gente pra mim sempre é muito difícil de fazer!
Os Momentos depois sempre são acompanhados de muito pensar. De reflexões de vida.
Hoje estou particurlamente confusa, antes do espetáculo da um misto de medo e euforia muito mais intenso do que nos outros espetáculos que tenho feito com o CEM. Mais sempre me proponho a feze-lo e me coloco cada vez de uma maneira diferente, experimento lugares que não costumo ir e danças que ultrapassam o conhecimento do meu corpo dançante. No Ind gente tenho medo de me lançar tão fundo a ponto de não saber voltar, medo de perder o fio do real, por isso acho que me protejo muito, nesse espetáculo contorno as coisas e isso me assusta. Tudo o que vivo no CEM é muito intenso, e é isso que mais me apaixona no grupo, a verdade das coisas a sinceridade em tudo!
Terça Mentiras não aconteceu, o que pra mim foi ruim. Tenho passado por dias difíceis e dançar me faz bem. No momento estou com saudades da Silvia e me sinto tão longe de todos...
Não quero isso!
Tayana Tavares (TEXTO DESABAFO)
BEIJOS PARA TODOS :*
18/03/09 - 23:10

quarta-feira, 11 de março de 2009

O ATOR BAILARINO

Novas experiências: A Oficina -O ATOR BAILARINO que está sendo ministrada pela atriz e bailarina Portuguesa Diana Morais iniciou ontem e vai até dia 26 de março.
O resultado do primeiro dia de aula foi bastante significativo. Estão participando integrantes do Cem e alguns convidados .
Ao final realizaremos uma performance.
Nos dedicaremos esses dias a receber Diana e ensaiar os trabalhos que apresentaremos em Março.
por Silvia Moura

terça-feira, 10 de março de 2009

Felicidade na solidão.

Hoje foi uma noite muito marcante e especial. Ter dançado a primeira dança do Cem que vi e que tanto me chamou para o grupo, a dança que eu queria dançar e estar aonde eu queria estar como eu queria estar. Eu me sinto feliz, mesmo tendo sido pesado ao mesmo tempo que não foi. O nu foi libertador e a única coisa que me aliviou - foi fazendo que eu realmente senti o porque desta necessidade - e engraçado que para mim mesmo que pouco foi o meu único auxílio, o que me trouxe conforto ou proteção - não são bem essas as palavras mas enfim. Não entrei totalmente, até porque se não teria ido parar direto no hospital, mas como e por onde entrei, dentro de mim, da minha movimentação, do meu olhar, da minha emoção relacionado ao conjuto foi verdadeiro, foi estar ali naquele momento presente como eu poderia estar. O desnudamento que me doia ou me rasgava não era o do físico e sim o da alma. Eu entrei com força, comecei chorando logo que Silvia comecou a falar, falei o pouco que queria, era de mais para mim ter de falar mais que aquilo, não queria, eu queria me proteger. A linda relação que tive com Felipe, o momento que nossos olhares se bateram e nossa movimentação de mão quaze que encosta uma na outra, em outro momento também e mais outro com a perna, estavamos tão próximos e tão longes...não cabia ali me proteger nele, me amparar e mesmo que quizesse. Meu deus que sensação ruim a da água, é como uma faca te cortando, te dilacerando e o frio, o frio, o frio...o saco como proteção na mão, os barulhos dos demais do grupo: agoniantes... Acho que teria ficado horas ali naquela movimentação da qual me apropiei e que ainda acho que poderia ter feito bem mais lento, quero descobrir mais nela, queria ter ficado para descobrir e depois que saí ainda uma vontade de chorar e simples mais significativo ter saído junto com Felipe e o banho junto da felicidade e da sensação de leveza e ter visto pessoas que eu queria ter visto...quero dançar mais, quero pular, quero adentrar em mim...ter visto fotos lindas que me relembraram momentos e ainda a retomada da vontade de chorar. Obrigada Felipe, obrigada aos demais que também dançaram com a gente uma dança tão difícil. Foi muito especial. Rápido e intenso!

Li Braga.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Tanto tempo que não venho aqui escrever algo... Eu sinto uma anciedade e uma vontade do amanhã, de dançar o Ind Gente, o primeiro e um dos poucos espetáculos do CEM que vi e que me marcou tanto! Quando assistia dentro de mim tinha uma vozinha me perturbando ''meu deus, preciso entrar neste grupo, preciso dançar esta dança...''. Estou mesmo cheia de espectativas e mesmo achando espectativas ruins, sinto essas de uma forma boa...amanhã acho que vai ser marcante, pois creio que experimentarei novas necessidades que o processo pede e ele já me inquieta: é uma sexta que as 2 da madrugada eu fiquei pensando no que a Silvia nos pediu e comecei a falar e a chorar, é ontem a noite que despida fui ''testar'' (não acho uma palavra) a movimentação da qual me lembro e relembrei vendo ontem o vídeo na reunião, é uma vontade de não falar amanhã na hora do espetáculo e só através da minha energia e movimentação estar apropiada do que é pedido. Tenho vontade também de entrar em outros processos que nem vi os espetáculos mas do que ouvi falar e fotos que vi muito me chamaram "De volta para Casa'' e ''Corpos Aprisionados'' mas bem rs, agora estamos neste e entramos em tantas outras coisas. Estar no CEM para mim é um estado de muita coisa: é me sentir longe, inquieta e viva ao mesmo tempo, além dos mil questionamentos e das pessoas que embora muitas sejam longe de mim, de alguma forma eu me sinto em casa e com irmãos...não, não é as mil maravilhas mas eu tenho mesmo mania de fantasiar ou sentir a realidade de outra forma.

Li Braga.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Escrito num comentário.

sonhei contigo hoje... na verdade com todos vocês... estavam se preparando para entrar em cena, todos de roupas orientais, exceto a silvia, que vestia uma malha preta e por cima um véu vermelho... estava linda! linda como ela consegue estar inteira na cena e não ser nem menina, nem mulher... ser por ela mesma a dança. venho pensando constantemente o que é o cem dentro de mim e eu o carrego para cima e para baixo no meu corpo, assumindo em mim que sou o cem, que o pensamento de estar junto, de dançar para não ficar calada estar em mim, dançar como protesto, dançar para não se perder, se achar entre muitos possivelmente perdidos como eu. saudades. do batom vermelho, da roupa marrom, dos pratos estilhaçados sob o palco, das mentiras sinceras, do aperto no peito... estou a procura de mim. estou a procura de todos.abraços um a um e em especial na silvia, a qual me vem em pensamentos de memórias do comecinho do cem, do eu quero, do a chuva também molha, do um a um, sinto muito, enfim, de tudo que construímos juntas e nunca irei esquecer porque está em mim e daqui nunca sairá.

Por Maurilene Moureira

domingo, 1 de março de 2009

Nossas aulas

Em Março:
Terça retorna a aula de Clássico com Everardo Freitas
Programação:
TERÇA
14h Clássico- Com EverardoFreitas
15:30 Aula e ensaio para os espetáculos - com Silvia Moura
17:30 Ensaio e Manutenção para o TERÇA SE DANÇA
20h TERÇA SE DANÇA
ONDE : SESC IRACEMA
QUARTA
19h- Dança Contemporânea-Com Silvia Moura
ONDE: Theatro José de Alencar
SEXTA
14h - Dança Contemporânea - Com Silvia Moura
ONDE: Theatro José de Alencar.
Os outros horários e a ocupação de outros espaços estão sendo organizados para iniciarem agora em Março, assim que estiverem certos divulgaremos.
Por Silvia Moura

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ainda sobre Imagens e fotos...

Alguns fotógrafos com imagens aqui nesse espaço:

Alex Hermes
Velma Zehd
Tayrone- Mentiras Sinceras
Heiner Vogt- Contratempo

Sobre fotos -imagens ...

Queria muito nesse espaço falar sobre minha emoção ao ver as fotos de Alex Hermes.
Como é importante ter seu olhar sobre o trabalho, como ele me faz ver coisas ,sugere e aponta momentos , expressões individuais, que eu não teria como ver.
Sua fotografia me traz as emoções de cada obra, posso perceber em que momento preciso me debruçar mais , em que momento posso deixar a linha correr solta.
Como é mágico ver o que o qual momento ele se encantou ou escolheu naquele dia.
Através do seu olhar posso me emocionar,como público, posso pensar sobre a obra, posso me aproximar dela com outra carga.Posso escolher quais cenas devem ainda serem trabalhadas.
Queria muito Alex, que você tivesse a dimensão do que suas fotos causam em mim.
E do quanto elas me são importantes, preciosas.
Agradeço sua generosidade desde o inicio, desde a primeira vez que se aproximou. Obrigada por sua contribuição para meu trabalho, por alargar meu olhar, por me dar essa possibilidade.
Agradecida.
por Silvia Moura

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

3h da madrugada...

Último dia de Carnaval... Pulei de alegria. Abri o blog e -
"SURPRESA"
Textos novos....
Imagens que vão e voltam...
Nem sei dizer como me sinto.
É algo assim, parecido com felicidade.
É bom não estar sozinha.
Agradecida.
Silvia Moura

Tempos Verbais

Tento pensar agora sobre o meu futuro. Tento pensar no que farei daqui algum tempo. Não penso em nada, então. Vejo que os fatos são presentes e que acabam passando, e então o futuro se foi. Sim: uma confusão gira em minha cabeça, já algum tempo.

E então a dança se faz presente, passado e futuro. E eu me ponho a ser solto, vivo. A dança pede isso, independente do contexto do espetáculo. Tento estar preparado para o que há por vir.
Preparo psicológico exaustivo.
Uma angústia é o que me faz seguir em frente. Uma angústia de não saber de nada, e saber de tudo.

E pensar que há somente alguns meses eu nem estava ali. Nem sabia que estaria.
Um menininho curioso tenta crescer com a dança do acaso, a dança da surpresa.

E espero no presente que acaba de passar, o meu futuro.
E danço essa espera.
E enlouqueço.

Jesuíta Barbosa.

sobre a aula...

Foi assim:
Senti-me flutuando ao som de uma voz que muito me agradava, depois e ao mesmo tempo, estava girando, lembrando que eu estava de olhos fechados e o tempo era um tempo mágico, único e de encontro comigo mesma, logo em seguida senti um frio na barriga e tudo que eu queria dizer, dizia em movimentos, era pouco o que tinha pra dizer com movimentos leves e soltos, na maioria das vezes, foi forte, preciso e verdadeiro e tudo isso sem que eu me preparasse ou planejasse, simplesmente vinha.Foi um dia raro de respostas e isso é confortante.
Relacionei-me, estive em solidão, convivi, construi, desconstrui, passiei, fui, voltei, perdi, me perdi...demorei a voltar para mim, como demorei descrever tudo acima, mas essas são as sensações da aula passada, sai inteira, viva e falamos de tantas coisas e naquele momento o tempo tinha acabado, aí decidi escrever, pois coisa boa é sempre bom dividir.
Agradecida mais uma vez pelo tempo que você dedica as pessas e especialmente a mim.
Roberta Bernardo

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

em Março no TERÇA SE DANÇA

Apresentaremos:
Dia 03 - DESERDADOS
Dia 10 - IND GENTE - Uma dança para a solidão
Dia 17 - CORPOS APRISIONADOS
Dia 24 - MENTIRAS SINCERAS
Dia 31 - DESCULPA

sábado, 21 de fevereiro de 2009

pensando sobre a aula de ontem...

Ontem na aula falamos sobre como ver e falar sobre uma obra...
Trago algumas questões:
* Observar sobre o que está e o que não está na obra.
*Não existe um julgamento racional que não esteja ligado a emoção.
*Observar o porque se fala dos objetos utilizados ? o que se escolhe?
*Se faz um julgamento, que seja feito à partir do que o autor quiz dizer.
*Como você justifica seu ponto de vista?
* Observar a relação entre o que se espera e a leitura em si da obra.Relação - expectativa criada e o ato de se relacionar com a obra.

"NÃO EXISTE VERDADE, E SIM REGIMES DA VERDADE.""
Wittgenstein

por Silvia Moura

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Hoje no Terça se Dança...

Hoje vendo O CEM, Yuri, Felipe e Emanuel, Joubert, Graco.
Pensei tantas coisas...
Quem somos nós???? Qual é a função da nossa dança????
Nós vemos a dança do outro como ela é ou como conseguimos ver?
No mundo das idéias o que é a realidade?
O mundo interno é mais real do que o mundo externo?
Como podemos afetar a realidade?
Se eu mudar minhas escolhas minha vida muda? minha dança muda?
Estamos aqui para preencher o espaço com idéias?
Nesse diálogo que a dança propõe qual é a qualidade do ouvir e do falar???
Ao sair dali que mudanças ocorreram em mim???
Minha cabeça fervilha....
E a sua????
Por Silvia moura

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Comentários de quem viu...

SIMPLESMENTE MÁGICO O SEU TRABALHO JUNTAMENTE COM SEUS BAILARINOS.
JÁ HAVIA DEDUZIDO, MAS AO OUVIR VÁRIOS OUTROS COMENTÁRIOS A OPINIÃO FOI A MESMA E CHEGAMOS A CONCLUSÃO QUE REALMENTE DOS TRABALHOS APRESENTADOS O SEU E DO CEM SURPREENDE PELA PLÁSTICIDADE, ENTREGA, FIGURINO E PRINCIPALMENTE O RESPEITO COM QUE SE NOTA COMO ELE FOI PENSADO, PESQUISADO E COREOGRAFADO A VC E A VCS DO CEm A MINHA MAIS HULMIDE E SINCERA REVERÊNCIA. PALMAS.............................................................................................................................................
Douglas Mota - Bailarino

Olá Silvia, parabéns e obrigada pela linda movimentação sua e do CEM ontem, foi realmente muito tocante e bonito! :)
Eveline - Bailarina

BRAVO!!!!!!
Augusta Viguier - Gestora Cultural

silvia, foi especialmente lindo ontem ver vcs (e vc!) naquele palco, daquela forma, com aquelas pessoas, com aqueles propósitos...fiquei muito feliz e emocionada!obrigada por ter proporcionado tal momento!beijo grande! :*
Thaitiane Paiva - Bailarina

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Estar longe

É dificil estar longe. Chega a hora de terça , começo a querer arrumar as coisas, sentir falta de me preparar para entrar em cena.
Meu corpo se habitua aos outros corpos. Crio hábitos de conversar todas as noites com William, Jesuita , Li.
Faço descobertas nas aulas e quero poder conversar em casa com Thiago.
Sinto falta dos ensaios.
Sinto falta dos CEM.
Me sinto Deserdada.
E me pergunto como ficam as pessoas sem minha presença???
como é o cem sem Silvia?
Um dia desses li no Orkut - SEJA ESSENCIAL PARA ALGUÉM.
Eu quero ser essencial para o cem.
Quero um CEM vivo, cheio, preenchido de idéias , de força.
Estou ansiosa pelo proximo processo, por terminar o DESERDADOS , dar continuidade a limpeza , aos detalhes.
Enfim...
Estar de longe é bom para se ver sob outros aspectos, ver com outros olhos.
Estou voltando.
De Senador Pompeu
Silvia M.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Gostar?????????????

Ás vezes as coisas transcendem o "Agrado". Nem tudo é feito para agradar. Há o que é feito por necessidade, confronto, enfrentamento.
A dor dos outros não agrada, ainda bem.
A fome,a sede, o aviltamento, a desesperança, nada disso agrada. Mas, se faz necessério tocar nesse assuntos , para não se entorpecer no marasmo do cotidiano mentiroso e hipócrita pregado pela sociedade de consumo, para não se esquecer dos montes de lixos que fazemos , e do consumismo desenfreado a que nos acostumamos. É preciso lembrar que houve fome , sede, miséria, é preciso abrir os olhos e os olvidos para o clamor que não cessa e vem dos quatro cantos do mundo , dos deserdados, das favelas, dos excluidos, das ruas do centro, de nós mesmos.
Tenho fome sim.
Tenho sede sim.
De dias melhores, de um mundo melhor,de pessoas melhores.
Tenho fome de construção, de humanidade.
E minha fome não se importa com o "AGRADO" de ningém, nem de mim mesma.
Grito porque preciso, porque minhas fomes são muitas e pra muitos.
Pulei a cerca pro lado perigoso do necessário, onde o "NÃO GOSTEI" é pequeno e torna-se absolutamente supérfluo. Do lado de cá ouço apenas o clamor dos retirantes , dos desválidos, dos que tem fome , dos que não tem direito a gostar ou não de algo, dos que vivem com as sobras , com os restos. É por eles que grito e que minha dança se faz ás vezes um lamento , quase insuportável.
Sinto muito, mas, vim assim, com essas sedes de dizer, de dançar essas dores.
Talvez - Não gostar seja um extremo elogio.
SilviaMoura.

Deserdados dias 5 e6 de Fevereiro no Theatro José de Alencar

O DIA EM QUE O POSSÍVEL TRANSBORDOU...

Um alucinógeno.

Foto de Alex Hermes.
E tudo tornou-se forte.

Quem viu o espetáculo foi tocado, não importa como.

Ouvi um comentário:

"esse tipo de coisa não me agrada".

Talvez não fosse para agradar, han?

E por isso tornou-se forte.

E agora só tende a crescer, desenvolver-se mais ainda.

Os Deserdados é, para mim, um alucinógeno de efeitos variantes.

Eu e minhas metáforas.

E é uma metáfora também.

Clara metáfora.

Me agrada não agradar.

Fiquei feliz em ouvir aquilo.

Fiquei feliz em sentir aquilo.


Jesuíta Barbosa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Sensação de dever cumprido agora me invadiu.
Torci o pé novamente, aquele mesmo pé de gesso!
Estou cansada, mais muito feliz. Quero sentir tudo outra vez, viver tudo de novo.
Esses dois dias foram marcados de muita dança, dança sedenta de verdade, com fome de sentido. A Dança que eu acredito!
Divertissiment.
Foi muito bom viver essa experiência, agora aguardo o novo processo, descanso nesse meio tempo e penso, penso muito no que vivi, no que senti de extraordinário.
Ver o Hugo Bianchi em cena foi muito bom! Oportunidade única.

Beijos para todos e um bom descanso!
Tayana Tavares 23:57 de 06/02/2009

A fome, ainda se mantém.

A fome, ainda se mantém. E o banquete ontem foi extenso.

As 23:00 horas de ontem deitei exausto na cama e não resisti ao cansaço, as 5:00 horas de hoje quando o cansaço já havia sumido as dores me acordaram. Reconheci em cada uma delas as escolhas de cada dia.
Ontem durante o barulho torturante das passadas do publico se acomodando em suas poltronas (hora em que a ansiedade me corrói até a alma) Não sei bem explicar quais emoções vivi. Enquanto os grupos apresentavam-se antes da nossa entrada, senti um misto de alegria e distanciamento para não deixar fugir as fomes que me aguardavam, ao entrar em cena pude perceber que não havia como fugir.
Encontrar o meu próprio tempo em meio a tantos e saber que cada um é o verdadeiro, deu-me a sensação de realmente estar dançando a vida com todos os seus encontros desencontros e contratempos.
Viver é dolorido e envelhece. Hoje me sinto mais maduro.
Muitas outras coisas cortaram-me corpo, mente e alma, ao viver aqueles movimentos, talvez muitas dessas coisas eu nunca consiga explicar, outras talvez eu nem queira, para mim o importante é que eu não saí inteiro, que pedaços de mim sujaram aquele palco já tão manchado e que depois de tudo isso, não se pode ser o mesmo.

Thiago Braga.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Hoje - Deserdados .

Me sinto frágil como ao terminar de ter um filho. Estréiamos. Tantas vezes voltaremos a ter essa sensação, de ser novo, de ainda precisar acabar.Meu corpo reclama de cada dor sentida hoje.
Fizemos nossa dança possivel. Uma dança de encontros e desencontros de sim e de não, de gritos e sussuros. Senti que conquistamos algo - não ficamos num lugar comum, o espaço foi alterado , a dor colou no ar do teatro.
Dançamos uma seca rasgada, tirada a fórceps.
Me sinto em paz , por ter chegado até aqui. Mas, sei que quero mais fomes , mais sedes.
Amanhã.
Silvia M.

Estréia!


Sinto que a nossa estréia foi feita com garra, união, força, energia. Ao final, os calorosos aplausos, o ''arrasou'', as parabenizações, a carinha de feliz do Willian e o cansaço em muitos...em mim foi estranho. O momento de estar em cena é raro, e louco, é estar nele sentindo e ao mesmo tempo pensando e às vezes sentir que o pensar anula de alguma forma, nem que seja de você não sentir estar inteiro ali. Sei também que cada ensaio, cada apresentação é única, então nem sempre a sentiremos maravilhosamente e o maravilhosamente eu digo, é quando a emoção parace querer rasgar-se e neste espetáculo, no trabalho do CEM cabe perfeitamente. O mais bonito é perceber que nosso trabalho, mesmo com o pouco tempo e as dificuldades naturais de todo processo foi feito com dignidade. Amanhã é um novo deserdados, novas secas e novas fomes, um novo desafio de dançar e interpretar...amanhã eu quero sentir-me inteira como já me senti.
Li.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Amanhã estréia DESERDADOS

Cada dia um novo detalhe , uma descoberta, algo a ser trabalhado. Hoje o encontro com os desenhos do Yuri Yamamoto- Que presente !!!! Ontem o encontro com a Música do Uirá dos Reis, outro presente.
Ver cada integrante ganhando sua própria interpretação para cada comando dado, a força de um trabalho de grupo, de artistas sendo concretizado,tem uma potência absolutamente transformadora.
Hoje tenho muito para agradecer , a cada integrante do CEM que se dedicou a esse trabalho, que deu uma parte sua para a construção dessa dança. Agradecer.
Ao Thiago Braga que se esforçou para não me deixar esquecer nem um trecho , nenhuma sequência .
Aos que estão entrando agora pela força e coragem de toparem um desafio de criar uma nova obra,assim de cara. Aos que estão a mais tempo por não desistirem de dar continuidade ao nosso trabalho.
Gostaria de mais tempo. Mas, me sinto feliz com o trabalho que temos agora.
Agradecer ao esforço coletivo de parir uma obra, que vem com a força de cumprir um papel - fazer viva a história de nossa dança.
A Produção e toda á equipe da Quitanda das Artes, Ao coletivo -com os figurinos, ao Mestre Hugo Bianchi, que em nenhum momento duvidou de nosso empenho em realizar outra obra à partir da sua, Ao Félix por não perdeu o bom humor, Ao Rodrigo com seus textos e alegria, Ao Sérgio que recuperou o Campo Branco, Ao Walter Façanha que com certeza acrescentará beleza com sua iluminação,Ao Paulo Victor pela coragem de colocar essa idéia em prática, aos outros Coreógrafos que se debruçaram sobre seus próprios trabalhos para trazerem o melhor para o espetáculo.
No Theatro José de Alencar à Nilda e Vilaci que sempre tiveram palavras de conforto e café quentinho para as horas de cansaço. A Ana Marlene e Nivea Uchoa que sempre estiveram dispostas a achar espaço para nossos ensaios.
A Equipe do SESC IRACEMA , que esteve presente durante todo o processo de criação no Terça se Dança, apoiando e sendo cúmplice no processo de mostrar a cada terça uma nova descorberta. Fabiano,Carlos, Itapipoca, Aluisio e Laranilson, Elson - Meu Agradecimento.
Carlos Antônio, Heber,Janaina obrigada por dividirem o palco comigo , criando um clima de alegria e respeito mutuo.
E Sempre Agradecida ao Mestre Hugo Bianchi por sua generosidade, respeito, disciplina, simpatia e carinho , nesses dias de convivência.
Agradecida por ter sido incluída nesse projeto, que me faz mais uma vez olhar para dança com muito orgulho de fazer parte dela.
Silvia Moura

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Esperança na Desesperança

Depois de hoje, me sinto feliz e aliviada. Engraçado porque esse trabalho têm um peso, traz uma realidade distante porém presente de alguma forma nas nossas raízes. Tenho fome dos dias em que ainda dançarei este trabalho. A minha parte nem é tão dançada comparada a outra, mas já faz um tempo que penso sobre as ''fronteiras'' entre teatro/dança. Será mesmo que são tão distantes assim? Penso hoje que o simples ato de olhar, sentar, levantar ou andar é uma dança, claro que com as desejosas intenções. Sinto tanto o teatro quanto a dança muito fortes em mim, e a segunda como elemento novo de minha arte é um mundo a desbravar. O que meu corpo relutava, o que minha presença não se fazia inteira, o corpo mole de se entregar ou me integrar ao grupo esvaiu-se hoje, no segundo ensaio e na apresentação. Agora eu me sinto realmente parte do CEM e eu quero descobrir- me no grupo e na dança. Não sei e não posso precisar quanto tempo ficarei, mas hoje sinto que tenho sede e gana de fazer valer a pena aonde estarei presente e até quando. Tendo fomes e sedes desejosas de tudo pelo qual estamos passando. Só quem sabe é quem está dentro, estar fora é comôdo e fácil. Estar dentro é doar-se, é amar aquilo, é fazer com verdade e passar pelas dificuldades internas e externas. Sinto vontade de agradaçer a dança, ao que descobri hoje, a verdade de Silvia quando disse ''Li, você precisa acreditar no que você está falando'' e aquilo ter pesado em mim, me deixado meio para baixo e ao mesmo tempo impulsionado-me para o salto que dei. Sim, hoje eu pulei. Para os braços desse mundo, dessa vivência, do grupo...viva!

Li.

Terça . um dia a menos.

Me sinto cansada, tenho muito medo, os dias voam e tenho a sensação de que não fiz tudo,não consegui sair do lugar. o tempo escoa como água por entre meus dedos.
Sonho, danço dentro demim, estou tomada por um beato, Antônio Conselheiro, um mendigo de rua da minha infância , um Leonilson...
Como chegar no coração , na alma das pessoas???
como fazer uma dança que não seja apenas bonita ou bem executada?
como fazer uma dança que dilacere , que tire você do lugar onde se encontra??
uma dança que em si seja reflexão, não é mais suficiente fazer pensar sobre algo, mas ser essa reflexão, fruto desse estado de remoer algo.
Me sinto tão responsável por isso.
O que fazemos conosco quando dançamos algo transformador???
levamos essa transformação para a vida???????????????????

por Silvia M.

Dificuldade de sentir.Me pergunto o tempo todo se estou de verdade.Me pergunto se as pessoas que me veem,veem um ser humano ou simplesmente um corpo que se move no espaço.No ensaio geral me senti estranho,pois estava entre dois mundos mundos distintos do qual nao cabiam no mesmo palco.Sinto uma angustia de nao conseguir chegar la,que se dane meu bem estar eu quero estar no espetáculo,inteiro,e nao como personagem,se for necessario sofrer sofrerei e depois afogo minha dor numa chicara de café e um nevoeiro de fumaça de cigarros.Agora é tudo mais difícil.Antes era so executar bem os movimentos e permanecer dentro de um tempo de oito.Tenho medo de me movimentar.Tenho medo de nao ser eu ali dançando.Tenho medo de me sentir sempre vazioMe sinto como aquelas bailarinas bonitinhas que adornam um porta jóias,girando apenas quando seu dono desejar.Não quero isso pra mim.Não consegui organizar as palavras,não consigo me organizar.
Por Felipe Damasceno

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Estar no CEM

Estar no Cem – centro de experimentações em movimentos, hoje é estar de fato em algum lugar em que tenho certeza que escolhi ficar, por isso pode ser mais dolorido e menos claro o caminho. Não é o sistema, não faz parte do sistema. Lutamos o tempo inteiro para fugir disso, e por isso dói, pois fui eu quem escolhi, e não é fácil estar na contra mão de tudo em busca de algo que realmente faça a diferença. E não é para simplesmente ser diferente, mas diferente para ser melhor e ser incontestavelmente nosso e também coletivizado.
Estar no sistema também dói, mas é mais fácil. É como estar dentro de uma multidão esmagadora em que você não precisa nem se dar ao trabalho de escolher em que direção seguir, pois a multidão escolhe até isso por você. O cem é diferente.

Thiago Braga (há um tempo atrás)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Nervosismo.


Posto aqui pela primeira vez, mas já com vontade: vontade de escrever, vontade de planejamento, vontade de expressão.
Todo esse processo é novo para mim: Meu primeiro trabalho no CEM, minha primeira apresentação no palco principal... Tudo que está acontecendo nos ensaios e preparativos é bom e rápido, e é essa rapidez que me deixa aceso, flamejando de vontade.
As coisas acontecem como uma uma avanlanche, que acaba com aquela bola de neve enorme, típica de desenhos animados. Na construção dessa bola, tento colocar tudo que posso. Ponho nela, principalmente, meu olhar atento ao conheçimento. Esse olhar, assim como o de qualquer outro aluno ou expectador, faz parte do CEM. Vejo a dança dessa forma: um *bate e volta* de olhares. É simples e complexo. É o mundo o qual compartilho agora. O mundo de olhares.
No sábado, nós experimentamos o figurino. Os vestidos estão lindos e a nossa ansiedade também. O tempo nos mostra a proximidade do evento. De repente você se dá conta e pensa: "Meu Deus do céu, é quinta já." E vê toda a responsabilidade que precisa estar presente nesse processo. Dedicação & Concentração.
Meu estômago já esfria quando lembro da data. Sim: nervosismo. Mas quem disse que ele atrapalha? É ele que me faz encarar o trabalho, que me deixa motivado. Sem esse nervosismo não me sinto completo.
E é por ele que vou me guiando, por mais estranho que isso lhe pareça.
Jesuíta Barbosa.

sábado, 31 de janeiro de 2009

peso e responsabilidade

Estou cansada. Preciso de um pouco mais de tempo. É muita responsabilidade dançar para alguém que fará 83 anos, muitos desses anos dedicados a dança.Todos estão cansados, esse clima de ensaio causa muita ansiedade, preciso de um espaço fixo para trabalhar, mudar de local todo dia me confunde.É muito importante sentir o respeito do Bailarino e Maitre "Hugo Bianchi",como ele está ainda disponível para o novo.Quero muito fazer um trabalho que dê a ele a medida do quanto eu o respeito e admiro.Preciso de tempo.Preciso de um pouco mais de coragem.Precisamos de dedicação. É tudo tão dificil, um filme que não chega, uma orquestra que não se tem para ensaiar, a música, quero muito ver a música. Acho que ela vai dar corpo a nossa dança.Estamos todos nervosos. ansiosos. É confuso ensaiar com tanta gente por perto, parece uma invação,não estamos acostumados a esse clima de "Evento".Causa muita pressão, e isso não é bom.Necessito de um pouco mais de resguardo. Preciso trabalhar o todo, uma unidade, um final.Não quero estar nesse momento tendo conversas dificeis, mas , os problemas e as dificuldades são muitas. como podemos nos concentrar em fazer um bom trabalho????Gostaria de estar me dedicando apenas a esse trabalho. Fazendo laboratórios, pesquisando , discutindo, experimentando outras composições, mudando relações, criando outras formas de ocupar o espaço.Precisava mesmo de um pouco mais de tempo para estar pronta, queria tanto dançar.Mas, agora preciso concluir , limpar, dar força as cenas, descobrir o tom de cada elemento.
Então - Respirar fundo, e trabalhar.
Por Silvia M.

DESCOMPASSO

Agora, no exato momento em que escrevo sinto-me cansada e sensível.
O processo pelo qual estamos passando chega para mim com contradições imensas: ora perto, ora longe, ora envolvendo-me, ora desenvolvendo-me com esses DESERDADOS.
Engraçado, é uma temática recorrente as nossas raízes mas eu não sei sinceramente o que é essa FOME, essa SEDE, essa SECA a não ser a metáfora ou o paralelo que tentamos fazer com FOMES e SEDES de outras necessidades e eu espero que a necessidade seja lá pelo quê de estar no momento participando disto, me dê forças e me encaminhe para encontrar a verdade cênica que busco.
Em nosso laboratório lembro de Silvia falando para tentarmos mais do que buscar deixar vir, mas eu sinto uma dificuldade enorme em deixar vir sem buscar porque é no meu buscar que eu acabo de uma forma ou de outra deixando vir ou isso é tudo da minha cabeça e como eu sinto e eu posso simplesmente estar usando de esforços inúteis e não ser nada disto que eu busco ou penso.
Hoje no ensaio foi ruim. Senti uma desorganização, me senti perdida, senti que a porra da trava que me dá quando eu preciso em tal momento falar sobre, eu ainda não jogo ou expulso de mim o que seja e senti uma desunidade. Penso não ter sido só comigo, mas é ruim sentir esse peso e a responsabilidade da qual tomei conhecimento interno hoje com a conversa com Hugo Bianchi.
Quando escrevo renovo minhas forças para continuar buscando, eu penso que o meu esforço de alguma forma vale a pena, mesmo que seja eu sentindo fazer a minha parte com verdade, pois sem verdade, seja a dança ou o teatro que for, não alcança nem você quem dirá os outros.
Tenho medo de sentir novamente que não consigo encontrar...é assim mesmo. Até porque às vezes, tudo parece querer me engolir. Fazer, fazer e fazer. Precisamos?

Li.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DESERDADOS

"É seca sim! Seca poeira, seca desesperança, seca morte.
A terra, árvores e bichos já cansaram de lutar.
Só a gente cearense que, retirante, foge da desgraça
e ainda luta mesmo que seja pra continuar de pé ou de joelhos".
(Eduardo Campos)


Criado a partir da dramaturgia do cearense Eduardo Campos – autor de obras imprescindíveis para a compreensão do Ceará – o ballet Os Deserdados foi montado por Hugo Bianchi em 1971, tendo sido encenado pela Comédia Cearense em 1967.

Num eixo morte-vida-morte, a narrativa retrata aspectos da fome e da seca no Ceará, que desafia a resistência do povo e põe em xeque sua própria fé e a esperança de melhores dias; seca que acompanha – num martírio sem fim – a evasão dos sertanejos e castiga a tudo e a todos. Numa surpreendente trégua, a seca se transforma numa torrencial chuva, enchendo os rios e fazendo úmida a terra. "De repente, como veio, se foi: a chuva, o frescor da verdura. (...) É o castigo de Deus, povo de pouca fé – diz o beato – é seca sim!".

O texto original é marcado pelo regionalismo, mas atinge os valores universais, já que os temas focalizados acabam por analisar as facetas mais torturantes do homem, em seu vão esforço de sobreviver num estado de injustiça ou de tragédia. E essas angústias existem sempre em qualquer lugar, em qualquer tempo.

Na atual montagem, pelo Centro de Experimentações em Movimentos (CEM), a fome é apresentada como representação de nossas "outras fomes": desejos, vontades não realizadas. Usando como força interpretativa nossos anseios, desejos, fomes e sedes, o CEM cria sua movimentação a partir de uma tessitura de ladainhas, resmungos, reclamações, súplicas, como num grande cortejo de retirantes. Destaca-se nesse processo de criação a influência de "Campo Branco", filme de Telmo Carvalho, e a série "Retirantes", do artista plástico Cândido Portinari, em que a vida seca não é apenas reproduzida, mas recriada pela visão do artista.

As seqüências coreográficas exploram ao extremo o uso do espaço, mantendo uma forte relação com o chão e criando um paralelo com a relação Homem/Terra. Mudança constante de direção dos movimentos e o uso de expressões físicas retratam as dores escondidas e causadas pela negação de nossas fomes. As expressões em cena, a música, os movimentos e a palavra se fundem num grande cortejo representativo da sede e fome por humanidade. Um imaginário de dores e lamentos, um constante desfiar de súplicas.

Criado em 2002, o CEM vem desenvolvendo um projeto de formação em dança contemporânea, estimulando a criação de uma linguagem pessoal de cada integrante. A partir do encontro entre teatro e dança, cria-se um universo denso e de profundo teor humano, abordando em seus espetáculos questões essenciais para o crescimento individual de cada integrante e para compreensão da realidade. A princípio, aí está a relação imediata entre a companhia e o espetáculo Os Deserdados.




Os Deserdados
Direção e Coreografia : Silvia Moura
Assistente de Coreografia : Thiago Braga
Elenco: Thiago Braga, Felipe Damasceno, William Pereira, Tayana Tavares, Roberta Bernardo, Liana Cavalcante, Lucas Amaro, Emanuel Santos, Silvia Moura, Jesuíta Barbosa (o Beato) e os retirantes interpretados por Felipe Araújo, Lia Braga, Luis Carlos Castro, Rúbia Lima, Ítalo Lopes, Diego Salvador, Wladimir Cavalcante.
Música: Orquestra Filarmônica do Ceará e Uirá dos Reis
Desenhos: Yuri Yamamoto
Luz: Walter Façanha



________________________
O Centro de Experimentação em Movimentos, ao longo de sua trajetória, tem consolidado sua experiência em pesquisa e difusão de dança contemporânea no Ceará. Desde 2003, é responsável pela manutenção do projeto Terça se Dança, em parceria com o SESC/CE; tem contribuído como articuladora da Bienal Internacional de Dança do Ceará; é proponente e realizador, de 2002 a 2006, de uma série de pesquisas em penitenciárias cearenses, o que gerou diversos espetáculos como "Identidades", "Cala-Te Corpo", "Vidas no Escuro", "Corpos e Cárceres", "Quanto Custa Uma Rosa" e "Corpos Aprisionados". Recebeu prêmios importantes como o Incentivo às Artes no Ceará (SECULT) para pesquisa em Dança e o I Edital das Artes (FUNCET) para manutenção de grupos. O CEM tem participado com afinco da cena cearense de Dança, sendo presença constante nos principais projetos da área e investido em residências artísticas, oficinas e intercâmbios.

Fomes, sedes, discordâncias, quebras e conflitos.SECA.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um sonho não tão confortável

Um homem no sol de quatro da tarde espera encontrar leite em uma vaca que está seca. Passou o dia inteiro tentando, pois sua família passa fome dentro de casa. Aquele homem com cabeça de boi tenta encontrar leite onde não existe mais nada.
A vaca, já não é mais vaca. Morreu faz tempo. Só sobrou uma ossada, que ilude a fome e a sede ao qual todos passam em mais uma seca que custa a passar. Ele(homem) custa a acreditar que não vai ter o que comer por mais um dia. Olha pra dentro e vê sua mulher.
A mulher dentro de casa com sua mesma cabeça de boi, balançava devagar a rede que parecia estar cheia. Cheia de cabeças, muitas cabeças de crianças, que talvez não vivessem mais para beber o leite que seu pai tirava no quintal.
A mesma mulher carregava um barriga enorme, parecia seu primeiro filho!!! Com uma mão na barriga e outra na rede, com atenção mesma para as duas ações. Muito carinho pelos que foram e ainda são ninados. Muito carinho para um filho que ainda está na barriga, e talvez seja o único a beber o leite quente da vaca de ossos, que o pai teima em ordenhar por desespero.

por William Pereira

Processo de DESERDADOS


Hoje fizemos um laboratório, uma vivência sobre as questões que tocaremos em deserdados.
Nossas fomes, nossos desejos, nossas inquietações, nossas sedes não saciadas.
Verdades escancaradas, verdades tímidas.Silêncios. Vontade de ir para casa.
Cavamos túneis hoje ,de dentro para fora.
Alguns entreabriram suas portas, outros ficaram do lado de fora de si mesmos.
Buscamos uma verdade qualquer que dê razão a nossa movimentação.
Um texto de Jesuita. Um Sonho de William.
Estranhamento e encontro. Enfrentamento e identificação.
Seca.estamos secos de humanidade.
Que responsabilidade dançar nossa humanidade...
Trazer a tona sentimentos que insistem em ficar escondidos, para realizar movimentos que contenham uma força interna , e não sejam apenas reprodução de movimentos criados.
Como dançar com a alma do seu lado? olhar nos olhos das pessoas, se ver dentro dos olhos do outro , sem se perder?
Como fazemos escolhas?
"Não quero dançar mais a sequência"
Os movimentos são só uma sequência, ou podemos mudar ? dar sentimentos e intenções a cada movimentos lhes tira o "nome" - sequência???
Tantas questões.
Senti falta das pessoas, ao mesmo tempo vi pessoas de novo se construindo no oficio de tentar se entender, de tentar sentir , para dar aos outros uma parte dessa busca que se faz nossa dança.
Um misto de orgulho, medo,cuidado, falta, excesso, identificação, solidão, sentimento de pertencimento, tudo se misturou em mim, como se cada um fosse eu também.
Meu corpo está quente, senti fome, sede, solidão , dor, força para resistir, conformidade, senti gosto de terra na boca. Uma deserdada. Entre tantos, entre muitos.
Me vieram lembranças como num filme.
Estou começando a história de trás para frente- escolhi assim: falarei desse processo , desse trabalho. Só depois começarei a resgatar a memória dos outros que criamos nestes sete anos.
Tantas dores, tantas perguntas, tantos sonhos, medos derramados entre nós. Quantas pessoas fomos? quantas pessoas tocamos?
Hoje é um dia pra lembrar . Meu corpo não me deixará esquecer.
CEM. por Silvia M.

Coisas de um dia juntos.

É sempre bom quando estamos reunidos, sinto-me mais segura com essas pessoas.
Estamos em montagem de um novo espetáculoque chamado Deserdados, que é uma releitura de um trabalho feito pelo bailarino Hugo Bianchi no ano de 1969. E depois de muitos ensaios hoje fizemos um laboratório, partilhamos secas e fomes.
Essas são coisas difíceis de partilhar, geralmente nos defendemos muito( o tempo inteiro), e nos mostrar frágeis a outros, nos submeter ao olhar de julgamento do ser humano é complicado. Estou tão cansada, mais percisava escrever algo, deixar marcas do que aconteceuem mim. Acho que cada pessoa viveu algo único. Foi um achado, desses que quando vem resignifica nossa dança, tras os sentidos que a muito se buscava integrar a ela, e perceber isso acontecendo é maravilhoso! O corpo se modifica. É inteiro, sentimos a verdade naquele momento, em cada ponta, em cada braço, em cada contração e até no que pensamos enquanto "somos" dança. Foi um ritual, raro que acontecer. E depois dividir os sentidos, os sorrisos, as observações, os comentários de Silvia Moura tudo isso fica mais unido, nos tormnamos uma massa só. A massa da "dança possível", da "dança real". Me identifico muito com o pensamento CEM, com a Humanidade da Silvia e do trabalho dela, que é nosso, que é junto. Preciso a cada dia estar. Dançar. Descobrir verdades e sentidos. 23:48hs dia28/01/2009. Beijos pessoas e vida para todos, fomes e sedes saciadas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

E AGORA?????????

A responsabilidade é tanta de alimentar algo novo, que meu computador deu pane, não consegue acessar a internet.
Me pergunto- será esse um sinal de alerta?
Vivas as Lan house da vida.Voltarei com alimento.
agora é torcer para que outros obstáculos não se coloquem no caminho das palavras.
Fica a pergunta:
O QUE FAZER QUANDO RECEBEMOS UM FREIO EM NOSSAS EMPOLGAÇÕES INICIAIS???
COMO CONTINUAR ACREDITANDO EM UMA IDÉIA, SEM DEIXAR QUE ELA PERCA O FRESCOR????????????????
Respostas...
Cem. por Silvia Moura
Gostaria de começar dizendo que antes outro blog foi feito, Por Maurilene Moreira, e por falta de alimentação ele morreu, não conseguimos dar conta , por tantos motivos.
Então pelo interesse e esforço inicial essa tentativa será dedicada a Maurilene.
E que desta vez seja possivel dar alimento para esse espaço.
Cem . (Silvia Moura)