O DIA EM QUE O POSSÍVEL TRANSBORDOU...
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Em BUSCA de...
Quem sou eu
- cem.
- Um espaço para formação em dança contemporânea, um catalizador de processos de criação e experimentação.
IND GENTE
Uma dança para a solidão
Deserdados
corpos aprisionados
Corpos Aprisionados
...não digo que vivi e dancei as dores dos famintos, sedentos esquecidos e desválidos, mas em "Deserdados" estive inteira, sem chão, torte tanto quanto frágil, quase em trase,com um espaço imenso, sem saber que rumo seguir, não sei lidar com a abundância do mundoem pouco tempo, que atitude tomar, se ficava ou se seguia, as opções eram poucas e as forças também, até a respiração me faltou e se eu parasse, ficava pra trás.
ResponderExcluirOs abraços para me acalmar antes de entrar em cena, mais me pareciam surras. Foram 25min. que mais me pareceram hoooras.Estar naquele lugar, que eu nem imaginava a realidade vivida, foi como uma liberdade sem objetivos.
Foi muito difícil desligar e logo estar pronta pra outra, como diz que é necessário para a saúde de um artísta, o diretor Joca Andrade. Na verdade necessitei de um dia e uma noite pra voltar pra mim, pra o meu mundo confortável.
Após a experiência, senti dores em todos os membros e um gosto terrível de sangue na boba, os pés e as mãos inchadas, a mente que pensava em tudo vivido várias vezes, na concentração que me trouxe cólicas e uma sede sem fim de água e doce.
...ainda me encontro confusa...
...mas posso dizer que estou respirando com tranquilidade e de férias daquele afobamento.
Tenho a impressão de que fiz algo bom ao mundo, falandos dos esquecidos, espero não está errada, a experiência foi única aos realizadores, aos participantes e ao público.
Deserdados ou não existimos e uma maneira bem dígna e histórica.
Roberta Bernardo