sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A fome, ainda se mantém.

A fome, ainda se mantém. E o banquete ontem foi extenso.

As 23:00 horas de ontem deitei exausto na cama e não resisti ao cansaço, as 5:00 horas de hoje quando o cansaço já havia sumido as dores me acordaram. Reconheci em cada uma delas as escolhas de cada dia.
Ontem durante o barulho torturante das passadas do publico se acomodando em suas poltronas (hora em que a ansiedade me corrói até a alma) Não sei bem explicar quais emoções vivi. Enquanto os grupos apresentavam-se antes da nossa entrada, senti um misto de alegria e distanciamento para não deixar fugir as fomes que me aguardavam, ao entrar em cena pude perceber que não havia como fugir.
Encontrar o meu próprio tempo em meio a tantos e saber que cada um é o verdadeiro, deu-me a sensação de realmente estar dançando a vida com todos os seus encontros desencontros e contratempos.
Viver é dolorido e envelhece. Hoje me sinto mais maduro.
Muitas outras coisas cortaram-me corpo, mente e alma, ao viver aqueles movimentos, talvez muitas dessas coisas eu nunca consiga explicar, outras talvez eu nem queira, para mim o importante é que eu não saí inteiro, que pedaços de mim sujaram aquele palco já tão manchado e que depois de tudo isso, não se pode ser o mesmo.

Thiago Braga.

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