Agora, no exato momento em que escrevo sinto-me cansada e sensível.
O processo pelo qual estamos passando chega para mim com contradições imensas: ora perto, ora longe, ora envolvendo-me, ora desenvolvendo-me com esses DESERDADOS.
Engraçado, é uma temática recorrente as nossas raízes mas eu não sei sinceramente o que é essa FOME, essa SEDE, essa SECA a não ser a metáfora ou o paralelo que tentamos fazer com FOMES e SEDES de outras necessidades e eu espero que a necessidade seja lá pelo quê de estar no momento participando disto, me dê forças e me encaminhe para encontrar a verdade cênica que busco.
Em nosso laboratório lembro de Silvia falando para tentarmos mais do que buscar deixar vir, mas eu sinto uma dificuldade enorme em deixar vir sem buscar porque é no meu buscar que eu acabo de uma forma ou de outra deixando vir ou isso é tudo da minha cabeça e como eu sinto e eu posso simplesmente estar usando de esforços inúteis e não ser nada disto que eu busco ou penso.
Hoje no ensaio foi ruim. Senti uma desorganização, me senti perdida, senti que a porra da trava que me dá quando eu preciso em tal momento falar sobre, eu ainda não jogo ou expulso de mim o que seja e senti uma desunidade. Penso não ter sido só comigo, mas é ruim sentir esse peso e a responsabilidade da qual tomei conhecimento interno hoje com a conversa com Hugo Bianchi.
Quando escrevo renovo minhas forças para continuar buscando, eu penso que o meu esforço de alguma forma vale a pena, mesmo que seja eu sentindo fazer a minha parte com verdade, pois sem verdade, seja a dança ou o teatro que for, não alcança nem você quem dirá os outros.
Tenho medo de sentir novamente que não consigo encontrar...é assim mesmo. Até porque às vezes, tudo parece querer me engolir. Fazer, fazer e fazer. Precisamos?
Li.
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