Hoje foi uma noite muito marcante e especial. Ter dançado a primeira dança do Cem que vi e que tanto me chamou para o grupo, a dança que eu queria dançar e estar aonde eu queria estar como eu queria estar. Eu me sinto feliz, mesmo tendo sido pesado ao mesmo tempo que não foi. O nu foi libertador e a única coisa que me aliviou - foi fazendo que eu realmente senti o porque desta necessidade - e engraçado que para mim mesmo que pouco foi o meu único auxílio, o que me trouxe conforto ou proteção - não são bem essas as palavras mas enfim. Não entrei totalmente, até porque se não teria ido parar direto no hospital, mas como e por onde entrei, dentro de mim, da minha movimentação, do meu olhar, da minha emoção relacionado ao conjuto foi verdadeiro, foi estar ali naquele momento presente como eu poderia estar. O desnudamento que me doia ou me rasgava não era o do físico e sim o da alma. Eu entrei com força, comecei chorando logo que Silvia comecou a falar, falei o pouco que queria, era de mais para mim ter de falar mais que aquilo, não queria, eu queria me proteger. A linda relação que tive com Felipe, o momento que nossos olhares se bateram e nossa movimentação de mão quaze que encosta uma na outra, em outro momento também e mais outro com a perna, estavamos tão próximos e tão longes...não cabia ali me proteger nele, me amparar e mesmo que quizesse. Meu deus que sensação ruim a da água, é como uma faca te cortando, te dilacerando e o frio, o frio, o frio...o saco como proteção na mão, os barulhos dos demais do grupo: agoniantes... Acho que teria ficado horas ali naquela movimentação da qual me apropiei e que ainda acho que poderia ter feito bem mais lento, quero descobrir mais nela, queria ter ficado para descobrir e depois que saí ainda uma vontade de chorar e simples mais significativo ter saído junto com Felipe e o banho junto da felicidade e da sensação de leveza e ter visto pessoas que eu queria ter visto...quero dançar mais, quero pular, quero adentrar em mim...ter visto fotos lindas que me relembraram momentos e ainda a retomada da vontade de chorar. Obrigada Felipe, obrigada aos demais que também dançaram com a gente uma dança tão difícil. Foi muito especial. Rápido e intenso!
Li Braga.
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