quinta-feira, 19 de março de 2009

Quem somos?

Gostaria de saber iniciar um texto, uma carta ou qualquer outra coisa que se escreva na intenção de que alguém o leia depois, mas não sei. Principalmente porque não estou sabendo lidar com todas as coisas que estou pensando e sentindo em decorrência da gota de água que nos empoçou na ultima terça feira, ou melhor seria dizer das varias gotas que resolveram cair todas ao mesmo tempo e na mesma poça.
- O que é ser um grupo? Pergunto-me enumeras vezes, na tentativa de compreender a razão da qual estamos juntos. Muitos se foram, os que ficaram já não são os mesmos, e os que estão de chegada provavelmente ainda nem saibam onde estão entrando.
- É a ideologia. Penso que encontrei a resposta. Mas talvez não seja suficiente, não nesse agora que me encontro, pois essa ideologia me acompanhará por onde eu for, sozinho ou acompanhado. Nesta ultima terça, cumpri com a minha obrigação de um compromisso estabelecido em grupo, e ao chegar não estavam todos que deram sua palavra. Interrogo-me se foi fácil para eles o momento de desistência deste compromisso, e se realmente isso foi uma desistência. (foi?)
Não quero super dimensionar a decisão deles para alimentar os meus motivos.
Também nessa terça cinzenta de clima úmido e temperaturas elevadas, foi levada em consideração o poder e a capacidade de escolha de cada um, e chegamos a um consenso, mas talvez isso não seja o que algumas pessoas esperam. Não a decisão, mas a liberdade delas escolherem. E o que eu posso dizer em relação a isso, quem sou eu para reclamar? Se certa vez me pediram uma opinião, e antes mesmo que a resposta fosse dada a decisão já estava tomada e eu apenas me calei.
(Será que esse era o momento de colocar a mochila nas costas e sair batendo o pé sem olhar para os lados?)

Talvez não seja mais o tempo de apontar dedos ou de cochichar nomes ausentes.
Acredito, que pelo menos para mim, seja essa a hora de admitir. e se cada um admitir o que lhe cabe, não sobrará espaço para tocar no nome de ninguém, pois ele já terá se pronunciado. Peço perdão a todos do grupo por esta postagem. Essas palavras são o que se passa em mim neste agora em que me encontro, não está sendo bom, mas está sendo verdadeiro.
Se eu fosse falar provavelmente minhas palavras não acompanhariam o meu pensar, e eu me calaria ao ouvir o som da próxima voz.

Esta é a única forma que encontrei de dizer essas palavras de um jeito que todos ouçam da mesma maneira, livre para sua própria interpretação e não a de outro alguém.
Quero ficar sozinho, quero um cantinho frio e escuro com algumas cobertas que me engane a solidão. quero cantar baixinho uma cantiga de ninar para acalmar o meu silencio. Não quero sair de lá.
THIAGO BRAGA.

2 comentários:

  1. Suas palavras fizeram as lágrimas que estavam presas nos meus olhos cairem, ainda bem....pq elas pediam desesperadas para cairem. Te entendo Thiago, e acho que vc traduziu muita coisa pra todos, é bom dizer as palavras que se passam no agora pq é muito fácil calar ao ouvir a voz do próximo. Tenho um nó esgasgado na garganta enão quer se desfazer por nada. Não sei o que é! Mais a falta de tudo como era só o alimenta mais. As mesmas questões permanecem...
    Tayana Tavares

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  2. A dor da mudança... é mais que necessária.
    É preciso desbravar outros mundos dentro de um mundo só, senão estagna, pára.
    O tempo lhe exige mais, muito mais, você pode mais, bem mais.
    Ele sabe disso.
    Você precisa VER.

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