terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Esperança na Desesperança

Depois de hoje, me sinto feliz e aliviada. Engraçado porque esse trabalho têm um peso, traz uma realidade distante porém presente de alguma forma nas nossas raízes. Tenho fome dos dias em que ainda dançarei este trabalho. A minha parte nem é tão dançada comparada a outra, mas já faz um tempo que penso sobre as ''fronteiras'' entre teatro/dança. Será mesmo que são tão distantes assim? Penso hoje que o simples ato de olhar, sentar, levantar ou andar é uma dança, claro que com as desejosas intenções. Sinto tanto o teatro quanto a dança muito fortes em mim, e a segunda como elemento novo de minha arte é um mundo a desbravar. O que meu corpo relutava, o que minha presença não se fazia inteira, o corpo mole de se entregar ou me integrar ao grupo esvaiu-se hoje, no segundo ensaio e na apresentação. Agora eu me sinto realmente parte do CEM e eu quero descobrir- me no grupo e na dança. Não sei e não posso precisar quanto tempo ficarei, mas hoje sinto que tenho sede e gana de fazer valer a pena aonde estarei presente e até quando. Tendo fomes e sedes desejosas de tudo pelo qual estamos passando. Só quem sabe é quem está dentro, estar fora é comôdo e fácil. Estar dentro é doar-se, é amar aquilo, é fazer com verdade e passar pelas dificuldades internas e externas. Sinto vontade de agradaçer a dança, ao que descobri hoje, a verdade de Silvia quando disse ''Li, você precisa acreditar no que você está falando'' e aquilo ter pesado em mim, me deixado meio para baixo e ao mesmo tempo impulsionado-me para o salto que dei. Sim, hoje eu pulei. Para os braços desse mundo, dessa vivência, do grupo...viva!

Li.

Nenhum comentário:

Postar um comentário