Estou cansada. Preciso de um pouco mais de tempo. É muita responsabilidade dançar para alguém que fará 83 anos, muitos desses anos dedicados a dança.Todos estão cansados, esse clima de ensaio causa muita ansiedade, preciso de um espaço fixo para trabalhar, mudar de local todo dia me confunde.É muito importante sentir o respeito do Bailarino e Maitre "Hugo Bianchi",como ele está ainda disponível para o novo.Quero muito fazer um trabalho que dê a ele a medida do quanto eu o respeito e admiro.Preciso de tempo.Preciso de um pouco mais de coragem.Precisamos de dedicação. É tudo tão dificil, um filme que não chega, uma orquestra que não se tem para ensaiar, a música, quero muito ver a música. Acho que ela vai dar corpo a nossa dança.Estamos todos nervosos. ansiosos. É confuso ensaiar com tanta gente por perto, parece uma invação,não estamos acostumados a esse clima de "Evento".Causa muita pressão, e isso não é bom.Necessito de um pouco mais de resguardo. Preciso trabalhar o todo, uma unidade, um final.Não quero estar nesse momento tendo conversas dificeis, mas , os problemas e as dificuldades são muitas. como podemos nos concentrar em fazer um bom trabalho????Gostaria de estar me dedicando apenas a esse trabalho. Fazendo laboratórios, pesquisando , discutindo, experimentando outras composições, mudando relações, criando outras formas de ocupar o espaço.Precisava mesmo de um pouco mais de tempo para estar pronta, queria tanto dançar.Mas, agora preciso concluir , limpar, dar força as cenas, descobrir o tom de cada elemento.
Então - Respirar fundo, e trabalhar.
Por Silvia M.
sábado, 31 de janeiro de 2009
DESCOMPASSO
Agora, no exato momento em que escrevo sinto-me cansada e sensível.
O processo pelo qual estamos passando chega para mim com contradições imensas: ora perto, ora longe, ora envolvendo-me, ora desenvolvendo-me com esses DESERDADOS.
Engraçado, é uma temática recorrente as nossas raízes mas eu não sei sinceramente o que é essa FOME, essa SEDE, essa SECA a não ser a metáfora ou o paralelo que tentamos fazer com FOMES e SEDES de outras necessidades e eu espero que a necessidade seja lá pelo quê de estar no momento participando disto, me dê forças e me encaminhe para encontrar a verdade cênica que busco.
Em nosso laboratório lembro de Silvia falando para tentarmos mais do que buscar deixar vir, mas eu sinto uma dificuldade enorme em deixar vir sem buscar porque é no meu buscar que eu acabo de uma forma ou de outra deixando vir ou isso é tudo da minha cabeça e como eu sinto e eu posso simplesmente estar usando de esforços inúteis e não ser nada disto que eu busco ou penso.
Hoje no ensaio foi ruim. Senti uma desorganização, me senti perdida, senti que a porra da trava que me dá quando eu preciso em tal momento falar sobre, eu ainda não jogo ou expulso de mim o que seja e senti uma desunidade. Penso não ter sido só comigo, mas é ruim sentir esse peso e a responsabilidade da qual tomei conhecimento interno hoje com a conversa com Hugo Bianchi.
Quando escrevo renovo minhas forças para continuar buscando, eu penso que o meu esforço de alguma forma vale a pena, mesmo que seja eu sentindo fazer a minha parte com verdade, pois sem verdade, seja a dança ou o teatro que for, não alcança nem você quem dirá os outros.
Tenho medo de sentir novamente que não consigo encontrar...é assim mesmo. Até porque às vezes, tudo parece querer me engolir. Fazer, fazer e fazer. Precisamos?
Li.
O processo pelo qual estamos passando chega para mim com contradições imensas: ora perto, ora longe, ora envolvendo-me, ora desenvolvendo-me com esses DESERDADOS.
Engraçado, é uma temática recorrente as nossas raízes mas eu não sei sinceramente o que é essa FOME, essa SEDE, essa SECA a não ser a metáfora ou o paralelo que tentamos fazer com FOMES e SEDES de outras necessidades e eu espero que a necessidade seja lá pelo quê de estar no momento participando disto, me dê forças e me encaminhe para encontrar a verdade cênica que busco.
Em nosso laboratório lembro de Silvia falando para tentarmos mais do que buscar deixar vir, mas eu sinto uma dificuldade enorme em deixar vir sem buscar porque é no meu buscar que eu acabo de uma forma ou de outra deixando vir ou isso é tudo da minha cabeça e como eu sinto e eu posso simplesmente estar usando de esforços inúteis e não ser nada disto que eu busco ou penso.
Hoje no ensaio foi ruim. Senti uma desorganização, me senti perdida, senti que a porra da trava que me dá quando eu preciso em tal momento falar sobre, eu ainda não jogo ou expulso de mim o que seja e senti uma desunidade. Penso não ter sido só comigo, mas é ruim sentir esse peso e a responsabilidade da qual tomei conhecimento interno hoje com a conversa com Hugo Bianchi.
Quando escrevo renovo minhas forças para continuar buscando, eu penso que o meu esforço de alguma forma vale a pena, mesmo que seja eu sentindo fazer a minha parte com verdade, pois sem verdade, seja a dança ou o teatro que for, não alcança nem você quem dirá os outros.
Tenho medo de sentir novamente que não consigo encontrar...é assim mesmo. Até porque às vezes, tudo parece querer me engolir. Fazer, fazer e fazer. Precisamos?
Li.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
DESERDADOS
"É seca sim! Seca poeira, seca desesperança, seca morte.
A terra, árvores e bichos já cansaram de lutar.
Só a gente cearense que, retirante, foge da desgraça
e ainda luta mesmo que seja pra continuar de pé ou de joelhos".
(Eduardo Campos)
Criado a partir da dramaturgia do cearense Eduardo Campos – autor de obras imprescindíveis para a compreensão do Ceará – o ballet Os Deserdados foi montado por Hugo Bianchi em 1971, tendo sido encenado pela Comédia Cearense em 1967.
Num eixo morte-vida-morte, a narrativa retrata aspectos da fome e da seca no Ceará, que desafia a resistência do povo e põe em xeque sua própria fé e a esperança de melhores dias; seca que acompanha – num martírio sem fim – a evasão dos sertanejos e castiga a tudo e a todos. Numa surpreendente trégua, a seca se transforma numa torrencial chuva, enchendo os rios e fazendo úmida a terra. "De repente, como veio, se foi: a chuva, o frescor da verdura. (...) É o castigo de Deus, povo de pouca fé – diz o beato – é seca sim!".
O texto original é marcado pelo regionalismo, mas atinge os valores universais, já que os temas focalizados acabam por analisar as facetas mais torturantes do homem, em seu vão esforço de sobreviver num estado de injustiça ou de tragédia. E essas angústias existem sempre em qualquer lugar, em qualquer tempo.
Na atual montagem, pelo Centro de Experimentações em Movimentos (CEM), a fome é apresentada como representação de nossas "outras fomes": desejos, vontades não realizadas. Usando como força interpretativa nossos anseios, desejos, fomes e sedes, o CEM cria sua movimentação a partir de uma tessitura de ladainhas, resmungos, reclamações, súplicas, como num grande cortejo de retirantes. Destaca-se nesse processo de criação a influência de "Campo Branco", filme de Telmo Carvalho, e a série "Retirantes", do artista plástico Cândido Portinari, em que a vida seca não é apenas reproduzida, mas recriada pela visão do artista.
As seqüências coreográficas exploram ao extremo o uso do espaço, mantendo uma forte relação com o chão e criando um paralelo com a relação Homem/Terra. Mudança constante de direção dos movimentos e o uso de expressões físicas retratam as dores escondidas e causadas pela negação de nossas fomes. As expressões em cena, a música, os movimentos e a palavra se fundem num grande cortejo representativo da sede e fome por humanidade. Um imaginário de dores e lamentos, um constante desfiar de súplicas.
Criado em 2002, o CEM vem desenvolvendo um projeto de formação em dança contemporânea, estimulando a criação de uma linguagem pessoal de cada integrante. A partir do encontro entre teatro e dança, cria-se um universo denso e de profundo teor humano, abordando em seus espetáculos questões essenciais para o crescimento individual de cada integrante e para compreensão da realidade. A princípio, aí está a relação imediata entre a companhia e o espetáculo Os Deserdados.
Os Deserdados
Direção e Coreografia : Silvia Moura
Assistente de Coreografia : Thiago Braga
Elenco: Thiago Braga, Felipe Damasceno, William Pereira, Tayana Tavares, Roberta Bernardo, Liana Cavalcante, Lucas Amaro, Emanuel Santos, Silvia Moura, Jesuíta Barbosa (o Beato) e os retirantes interpretados por Felipe Araújo, Lia Braga, Luis Carlos Castro, Rúbia Lima, Ítalo Lopes, Diego Salvador, Wladimir Cavalcante.
Música: Orquestra Filarmônica do Ceará e Uirá dos Reis
Desenhos: Yuri Yamamoto
Luz: Walter Façanha
________________________
O Centro de Experimentação em Movimentos, ao longo de sua trajetória, tem consolidado sua experiência em pesquisa e difusão de dança contemporânea no Ceará. Desde 2003, é responsável pela manutenção do projeto Terça se Dança, em parceria com o SESC/CE; tem contribuído como articuladora da Bienal Internacional de Dança do Ceará; é proponente e realizador, de 2002 a 2006, de uma série de pesquisas em penitenciárias cearenses, o que gerou diversos espetáculos como "Identidades", "Cala-Te Corpo", "Vidas no Escuro", "Corpos e Cárceres", "Quanto Custa Uma Rosa" e "Corpos Aprisionados". Recebeu prêmios importantes como o Incentivo às Artes no Ceará (SECULT) para pesquisa em Dança e o I Edital das Artes (FUNCET) para manutenção de grupos. O CEM tem participado com afinco da cena cearense de Dança, sendo presença constante nos principais projetos da área e investido em residências artísticas, oficinas e intercâmbios.
A terra, árvores e bichos já cansaram de lutar.
Só a gente cearense que, retirante, foge da desgraça
e ainda luta mesmo que seja pra continuar de pé ou de joelhos".
(Eduardo Campos)
Criado a partir da dramaturgia do cearense Eduardo Campos – autor de obras imprescindíveis para a compreensão do Ceará – o ballet Os Deserdados foi montado por Hugo Bianchi em 1971, tendo sido encenado pela Comédia Cearense em 1967.
Num eixo morte-vida-morte, a narrativa retrata aspectos da fome e da seca no Ceará, que desafia a resistência do povo e põe em xeque sua própria fé e a esperança de melhores dias; seca que acompanha – num martírio sem fim – a evasão dos sertanejos e castiga a tudo e a todos. Numa surpreendente trégua, a seca se transforma numa torrencial chuva, enchendo os rios e fazendo úmida a terra. "De repente, como veio, se foi: a chuva, o frescor da verdura. (...) É o castigo de Deus, povo de pouca fé – diz o beato – é seca sim!".
O texto original é marcado pelo regionalismo, mas atinge os valores universais, já que os temas focalizados acabam por analisar as facetas mais torturantes do homem, em seu vão esforço de sobreviver num estado de injustiça ou de tragédia. E essas angústias existem sempre em qualquer lugar, em qualquer tempo.
Na atual montagem, pelo Centro de Experimentações em Movimentos (CEM), a fome é apresentada como representação de nossas "outras fomes": desejos, vontades não realizadas. Usando como força interpretativa nossos anseios, desejos, fomes e sedes, o CEM cria sua movimentação a partir de uma tessitura de ladainhas, resmungos, reclamações, súplicas, como num grande cortejo de retirantes. Destaca-se nesse processo de criação a influência de "Campo Branco", filme de Telmo Carvalho, e a série "Retirantes", do artista plástico Cândido Portinari, em que a vida seca não é apenas reproduzida, mas recriada pela visão do artista.
As seqüências coreográficas exploram ao extremo o uso do espaço, mantendo uma forte relação com o chão e criando um paralelo com a relação Homem/Terra. Mudança constante de direção dos movimentos e o uso de expressões físicas retratam as dores escondidas e causadas pela negação de nossas fomes. As expressões em cena, a música, os movimentos e a palavra se fundem num grande cortejo representativo da sede e fome por humanidade. Um imaginário de dores e lamentos, um constante desfiar de súplicas.
Criado em 2002, o CEM vem desenvolvendo um projeto de formação em dança contemporânea, estimulando a criação de uma linguagem pessoal de cada integrante. A partir do encontro entre teatro e dança, cria-se um universo denso e de profundo teor humano, abordando em seus espetáculos questões essenciais para o crescimento individual de cada integrante e para compreensão da realidade. A princípio, aí está a relação imediata entre a companhia e o espetáculo Os Deserdados.
Os Deserdados
Direção e Coreografia : Silvia Moura
Assistente de Coreografia : Thiago Braga
Elenco: Thiago Braga, Felipe Damasceno, William Pereira, Tayana Tavares, Roberta Bernardo, Liana Cavalcante, Lucas Amaro, Emanuel Santos, Silvia Moura, Jesuíta Barbosa (o Beato) e os retirantes interpretados por Felipe Araújo, Lia Braga, Luis Carlos Castro, Rúbia Lima, Ítalo Lopes, Diego Salvador, Wladimir Cavalcante.
Música: Orquestra Filarmônica do Ceará e Uirá dos Reis
Desenhos: Yuri Yamamoto
Luz: Walter Façanha
________________________
O Centro de Experimentação em Movimentos, ao longo de sua trajetória, tem consolidado sua experiência em pesquisa e difusão de dança contemporânea no Ceará. Desde 2003, é responsável pela manutenção do projeto Terça se Dança, em parceria com o SESC/CE; tem contribuído como articuladora da Bienal Internacional de Dança do Ceará; é proponente e realizador, de 2002 a 2006, de uma série de pesquisas em penitenciárias cearenses, o que gerou diversos espetáculos como "Identidades", "Cala-Te Corpo", "Vidas no Escuro", "Corpos e Cárceres", "Quanto Custa Uma Rosa" e "Corpos Aprisionados". Recebeu prêmios importantes como o Incentivo às Artes no Ceará (SECULT) para pesquisa em Dança e o I Edital das Artes (FUNCET) para manutenção de grupos. O CEM tem participado com afinco da cena cearense de Dança, sendo presença constante nos principais projetos da área e investido em residências artísticas, oficinas e intercâmbios.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Um sonho não tão confortável
Um homem no sol de quatro da tarde espera encontrar leite em uma vaca que está seca. Passou o dia inteiro tentando, pois sua família passa fome dentro de casa. Aquele homem com cabeça de boi tenta encontrar leite onde não existe mais nada.
A vaca, já não é mais vaca. Morreu faz tempo. Só sobrou uma ossada, que ilude a fome e a sede ao qual todos passam em mais uma seca que custa a passar. Ele(homem) custa a acreditar que não vai ter o que comer por mais um dia. Olha pra dentro e vê sua mulher.
A mulher dentro de casa com sua mesma cabeça de boi, balançava devagar a rede que parecia estar cheia. Cheia de cabeças, muitas cabeças de crianças, que talvez não vivessem mais para beber o leite que seu pai tirava no quintal.
A mesma mulher carregava um barriga enorme, parecia seu primeiro filho!!! Com uma mão na barriga e outra na rede, com atenção mesma para as duas ações. Muito carinho pelos que foram e ainda são ninados. Muito carinho para um filho que ainda está na barriga, e talvez seja o único a beber o leite quente da vaca de ossos, que o pai teima em ordenhar por desespero.
por William Pereira
A vaca, já não é mais vaca. Morreu faz tempo. Só sobrou uma ossada, que ilude a fome e a sede ao qual todos passam em mais uma seca que custa a passar. Ele(homem) custa a acreditar que não vai ter o que comer por mais um dia. Olha pra dentro e vê sua mulher.
A mulher dentro de casa com sua mesma cabeça de boi, balançava devagar a rede que parecia estar cheia. Cheia de cabeças, muitas cabeças de crianças, que talvez não vivessem mais para beber o leite que seu pai tirava no quintal.
A mesma mulher carregava um barriga enorme, parecia seu primeiro filho!!! Com uma mão na barriga e outra na rede, com atenção mesma para as duas ações. Muito carinho pelos que foram e ainda são ninados. Muito carinho para um filho que ainda está na barriga, e talvez seja o único a beber o leite quente da vaca de ossos, que o pai teima em ordenhar por desespero.
por William Pereira
Processo de DESERDADOS
Hoje fizemos um laboratório, uma vivência sobre as questões que tocaremos em deserdados.
Nossas fomes, nossos desejos, nossas inquietações, nossas sedes não saciadas.
Verdades escancaradas, verdades tímidas.Silêncios. Vontade de ir para casa.
Cavamos túneis hoje ,de dentro para fora.
Alguns entreabriram suas portas, outros ficaram do lado de fora de si mesmos.
Buscamos uma verdade qualquer que dê razão a nossa movimentação.
Um texto de Jesuita. Um Sonho de William.
Estranhamento e encontro. Enfrentamento e identificação.
Seca.estamos secos de humanidade.
Que responsabilidade dançar nossa humanidade...
Trazer a tona sentimentos que insistem em ficar escondidos, para realizar movimentos que contenham uma força interna , e não sejam apenas reprodução de movimentos criados.
Como dançar com a alma do seu lado? olhar nos olhos das pessoas, se ver dentro dos olhos do outro , sem se perder?
Como fazemos escolhas?
"Não quero dançar mais a sequência"
Os movimentos são só uma sequência, ou podemos mudar ? dar sentimentos e intenções a cada movimentos lhes tira o "nome" - sequência???
Tantas questões.
Senti falta das pessoas, ao mesmo tempo vi pessoas de novo se construindo no oficio de tentar se entender, de tentar sentir , para dar aos outros uma parte dessa busca que se faz nossa dança.
Um misto de orgulho, medo,cuidado, falta, excesso, identificação, solidão, sentimento de pertencimento, tudo se misturou em mim, como se cada um fosse eu também.
Meu corpo está quente, senti fome, sede, solidão , dor, força para resistir, conformidade, senti gosto de terra na boca. Uma deserdada. Entre tantos, entre muitos.
Me vieram lembranças como num filme.
Estou começando a história de trás para frente- escolhi assim: falarei desse processo , desse trabalho. Só depois começarei a resgatar a memória dos outros que criamos nestes sete anos.
Tantas dores, tantas perguntas, tantos sonhos, medos derramados entre nós. Quantas pessoas fomos? quantas pessoas tocamos?
Hoje é um dia pra lembrar . Meu corpo não me deixará esquecer.
CEM. por Silvia M.
Coisas de um dia juntos.
É sempre bom quando estamos reunidos, sinto-me mais segura com essas pessoas.
Estamos em montagem de um novo espetáculoque chamado Deserdados, que é uma releitura de um trabalho feito pelo bailarino Hugo Bianchi no ano de 1969. E depois de muitos ensaios hoje fizemos um laboratório, partilhamos secas e fomes.
Essas são coisas difíceis de partilhar, geralmente nos defendemos muito( o tempo inteiro), e nos mostrar frágeis a outros, nos submeter ao olhar de julgamento do ser humano é complicado. Estou tão cansada, mais percisava escrever algo, deixar marcas do que aconteceuem mim. Acho que cada pessoa viveu algo único. Foi um achado, desses que quando vem resignifica nossa dança, tras os sentidos que a muito se buscava integrar a ela, e perceber isso acontecendo é maravilhoso! O corpo se modifica. É inteiro, sentimos a verdade naquele momento, em cada ponta, em cada braço, em cada contração e até no que pensamos enquanto "somos" dança. Foi um ritual, raro que acontecer. E depois dividir os sentidos, os sorrisos, as observações, os comentários de Silvia Moura tudo isso fica mais unido, nos tormnamos uma massa só. A massa da "dança possível", da "dança real". Me identifico muito com o pensamento CEM, com a Humanidade da Silvia e do trabalho dela, que é nosso, que é junto. Preciso a cada dia estar. Dançar. Descobrir verdades e sentidos. 23:48hs dia28/01/2009. Beijos pessoas e vida para todos, fomes e sedes saciadas.
Estamos em montagem de um novo espetáculoque chamado Deserdados, que é uma releitura de um trabalho feito pelo bailarino Hugo Bianchi no ano de 1969. E depois de muitos ensaios hoje fizemos um laboratório, partilhamos secas e fomes.
Essas são coisas difíceis de partilhar, geralmente nos defendemos muito( o tempo inteiro), e nos mostrar frágeis a outros, nos submeter ao olhar de julgamento do ser humano é complicado. Estou tão cansada, mais percisava escrever algo, deixar marcas do que aconteceuem mim. Acho que cada pessoa viveu algo único. Foi um achado, desses que quando vem resignifica nossa dança, tras os sentidos que a muito se buscava integrar a ela, e perceber isso acontecendo é maravilhoso! O corpo se modifica. É inteiro, sentimos a verdade naquele momento, em cada ponta, em cada braço, em cada contração e até no que pensamos enquanto "somos" dança. Foi um ritual, raro que acontecer. E depois dividir os sentidos, os sorrisos, as observações, os comentários de Silvia Moura tudo isso fica mais unido, nos tormnamos uma massa só. A massa da "dança possível", da "dança real". Me identifico muito com o pensamento CEM, com a Humanidade da Silvia e do trabalho dela, que é nosso, que é junto. Preciso a cada dia estar. Dançar. Descobrir verdades e sentidos. 23:48hs dia28/01/2009. Beijos pessoas e vida para todos, fomes e sedes saciadas.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
E AGORA?????????
A responsabilidade é tanta de alimentar algo novo, que meu computador deu pane, não consegue acessar a internet.
Me pergunto- será esse um sinal de alerta?
Vivas as Lan house da vida.Voltarei com alimento.
agora é torcer para que outros obstáculos não se coloquem no caminho das palavras.
Fica a pergunta:
O QUE FAZER QUANDO RECEBEMOS UM FREIO EM NOSSAS EMPOLGAÇÕES INICIAIS???
COMO CONTINUAR ACREDITANDO EM UMA IDÉIA, SEM DEIXAR QUE ELA PERCA O FRESCOR????????????????
Respostas...
Cem. por Silvia Moura
Me pergunto- será esse um sinal de alerta?
Vivas as Lan house da vida.Voltarei com alimento.
agora é torcer para que outros obstáculos não se coloquem no caminho das palavras.
Fica a pergunta:
O QUE FAZER QUANDO RECEBEMOS UM FREIO EM NOSSAS EMPOLGAÇÕES INICIAIS???
COMO CONTINUAR ACREDITANDO EM UMA IDÉIA, SEM DEIXAR QUE ELA PERCA O FRESCOR????????????????
Respostas...
Cem. por Silvia Moura
Gostaria de começar dizendo que antes outro blog foi feito, Por Maurilene Moreira, e por falta de alimentação ele morreu, não conseguimos dar conta , por tantos motivos.
Então pelo interesse e esforço inicial essa tentativa será dedicada a Maurilene.
E que desta vez seja possivel dar alimento para esse espaço.
Cem . (Silvia Moura)
Então pelo interesse e esforço inicial essa tentativa será dedicada a Maurilene.
E que desta vez seja possivel dar alimento para esse espaço.
Cem . (Silvia Moura)
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