sábado, 21 de março de 2009

Confusão

Sexta foi difícil. Pesado. Opiniões e sentimentos dos mais antigos postos para fora. Muitos se sentem confusos, eu também. Me senti um turbilhão, apenas escutando. Às vezes queria falar, mas achava melhor me recolher. Entrei agora e eu sinto o CEM de uma forma tão diferente da visão desgatada que me é dita. Me sinto empolgada, aberta, com difilcudades, preguiças e muita vontade de estar no grupo do qual sim eu me sinto parte, a pergunta que Silvia colocou aos novos e a presente novata era eu, a Li ali. Nem sei se essa muita vontade minha é bastante, mas mesmo nesse emaranhado todo que eu sinto, que eu vejo, percebo sei lá eu quero continuar. Talvez essa força de uma nova integrante possa renovar as forças dos antigos, talvez não. Sinto necessidade de estabalecer mais relações ali, de me aproximar mais. E me sinto tão feliz quando penso em algumas das pessoas as quais tenho me aproximado, em outras das quais fortifiquei a amizade. Assim como Silvia acredito que o sonho dela ou utopia como também foi mencionado não vai morrer. Nem que eu faça duos com Silvia, rs. Claro, sei da vontade e do esforço de muitos ainda ali. Percebo também o enorme carinho dos que se sentem mais desgastados ou cansados. Eu não entendo tanta coisa ainda, talvez nem queira entender apenas sentir. Eu não sei explicar, mas eu já tenho uma ligação enorme, um apêgo há algo que a cada semana me soa mais imprevisível e inseguro. Sinceramente me sinto privilegiada por estar me descobrindo na dança com o CEM, que as visões dos muitos de fora são muitas vezes tão feias, preconceituosas... Mas enfim, quem está mesmo para agradar? Eu faço e estou ali por necessidade. As vezes nem vontade é... Estranho. Gostaria de afagar a todos com minhas danças ainda meio tímidas e cheias de defeitos e mil aprendizados pela frente. Mas as minhas danças são verdadeiras, são intensas e isso não se encontra em 10 anos de mestrado, no livro tal, ou na técnica tal... Não menosprezando a importância que isto possa ter. Quero muitas danças-desabafo que o CEM possa me trazer. Quero muito, eu sempre quero muito.

Li Braga.

2 comentários:

  1. perguntas

    Sei nem se é preciso, mas me sinto na obrigação, necessidade, sei lá de falar qualquer coisa que seja, nem que seja para rodar e rodar e rodar assim como faço agora. Ontem, passando depressa nos canais televisivos um falatório me chamou atenção. A escritora falava assim, no canal 5 que o ato de perguntar deixa o corpo em movimento, que depois de uma pergunta você não é mais a mesma. E a partir disso que vem minh oratória.

    E agora, José, Maria, Li, Thiago, Roberta, Silvia, Felipe? E agora,, o que fazemos nós?
    Mudamos de trajetória?
    Sim?
    Não?
    Para onde estamos indo?
    Quem somos hoje?
    Quem fomos ontem?
    Quem seremos amanhã?]
    O ser muda?
    O que fica dos resquícios de multidões?
    O que fica de mim no todo? Que contribuições eu dei? O que eu fiz? Eu o sei? Ou passei feito nada, indigente, fria, sem dores... O que é em mim vocês hoje? Que pretensões tenho quando penso nas terças, as lindas terças-feiras rodeadas de muito trabalho, empenho, sonhos, utopias, desejos, união? Hein? Alguém me responde, ou perguntas servem para me deixar em suspensão de respondê-las...
    Fico muitas vezes calada.

    No livro que leio agora [ Mare Nostrum sonhos, viagens e outros caminhos de Fauzi ARap] me aconselha para a sobrevivência o ato de calar-se. Diz ele que desperdiçamos muitas energias com conversas, diálogos que não tem propósitos de outros caminhos, de seguir em frente, de dar a volta por cima. Falar só quando eu perceber que minhas palavras permitirão outras saídas, não quero nem vou vou deixar encurralarem-me, nem a vocês. É assim, posso estar neste momento indiferente ás dores alheias, posso estar imbuída de mim, do que eu tenho pra fazer, do que eu quero conquistar, para onde quero seguir, posso. Todos tem sem tempo para pensar, discutir consigo mesma, mudar de posição para ver o mundo e as pessoas de outros ângulos... E o que eu vejo me deixa engasgada, com dor no peito, nem sei bem o que se passa, nem sei bem o que vocês falam, só sinto intuitivamente que toca em mim, toca no que eu tenho de mais sincero no meu corpo.

    Será que é imaginação? Será que é defesa? Será que é solidão?
    Será que será?

    Cuidem-se, apaziguem a dor, sarem, dancem, vivam, não deixe nem sequer o pensamento de falecimento se apoderar de suas cabeças-dançantes, não caiam, não se isolem, não se percam... Por aqui me ligo a todos seus passos. Vocês sou eu e eu sou vocês.

    A dor tão doída também dói em mim.

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