segunda-feira, 2 de março de 2009

Escrito num comentário.

sonhei contigo hoje... na verdade com todos vocês... estavam se preparando para entrar em cena, todos de roupas orientais, exceto a silvia, que vestia uma malha preta e por cima um véu vermelho... estava linda! linda como ela consegue estar inteira na cena e não ser nem menina, nem mulher... ser por ela mesma a dança. venho pensando constantemente o que é o cem dentro de mim e eu o carrego para cima e para baixo no meu corpo, assumindo em mim que sou o cem, que o pensamento de estar junto, de dançar para não ficar calada estar em mim, dançar como protesto, dançar para não se perder, se achar entre muitos possivelmente perdidos como eu. saudades. do batom vermelho, da roupa marrom, dos pratos estilhaçados sob o palco, das mentiras sinceras, do aperto no peito... estou a procura de mim. estou a procura de todos.abraços um a um e em especial na silvia, a qual me vem em pensamentos de memórias do comecinho do cem, do eu quero, do a chuva também molha, do um a um, sinto muito, enfim, de tudo que construímos juntas e nunca irei esquecer porque está em mim e daqui nunca sairá.

Por Maurilene Moureira

10 comentários:

  1. escrito em 07-12-2007

    Vou ser mais periódica, pois essa mesma periodicidade exige de mim que tenha assuntos para escrever mais e sempre mais. Tenho estado ausente de muitas coisas, mas, no entanto, todavia encontro algumas compensações para sentir-me mais útil, menos reclusa, mais sociável, menos pragmática. Querendo e estando sempre sensível a novas descobertas, à novas danças, à novas Artes de encontro e desencontro pela vida, como diz... Quem diz mesmo?! De quem é a palavra agora?! É minha? É sua? È minha e sua, então que seja nossa! Estamos ou já completamos 5 anos ( quase 6) . S e fosse um filho, em qual série estaríamos? O quê aprenderíamos nesse mês? Nome já tem. 1,2,3,4,5,10,20,50,75,80,...,100. Caminhemos. A gente caminha para mais uma das muitas realizações nossas e se conseguirmos ( conseguiremos) separados criar uma unidade, que magnífico acontecimento, talvez um dos mais significativos em nossa História, em nossa luta, ou melhor, resistência. Dancemos. Dancemos. Dancemos. E que rodopiemos, que nos rodopiem, que sejamos por nós mesmos rodopiados e que a ciranda solitária denomine-se, quando as peças se juntarem, num lindo espetáculo que mais uma vez represente: Dores, alegrias, contentamentos, compensações. Uma dança absolutamente e verdadeiramente nossa. Única, exclusiva, diferente. Nós. Penso que meu discurso poderia acabar por aqui, mas não, não quero que assim seja. Quero mais, sempre mais. Adicionando ou diminuindo estou, estamos aqui. Sempre ou quase sempre, vivendo, lamentando-se às vezes, desculpando-se, arrastando-se, escondendo-se, imaginando... Utopias?! Sonhos?! Sonhos numa noite que reacendeu numa manhã ou numa madrugada ( para os que não dormem...) e que por fim dá para perceber contido, perceptível visível no meu corpo, no seu corpo, nos nossos corpos, nos corpos destes e daqueles. M.M.R.

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  2. Pequeno improviso de mãos atadas. escrito em quinta 05 julho 2007 22:30



    Um pouquinho do CEM expresso em linhas de comunidade virtual. Se o mundo descobrisse o que realmente somos, talvez eu não mais soubesse me encontrar, porém me arrisco a destilar em poucas linhas o meu supostamente eu atual em frangalhos ou torcidas com coca-cola. Twnho sede de amizades e danças, tenho sede e meu pote é enchido por muitos outro potes os quai me fazem mais feliz e ter razão de estar aqui. Que bom que estamos aqui, que bom que somos assim: meio homens, meio imortais;semideuses.

    ????????????????????????????????????????????????

    Tenho jeito de hippie , tenho cara de stripp, tenho boca de negra, tenho cor e marfim. Não sou rica, nem pobre. Sou indubitavelmente feliz. Gosto de meninas e meninos, mas me dou com as primeiras. Viajo, venho de um mundo sozinha. No meu cantinho cabe só quem eu quero, a quem dou permissão. Sou chata, sou abusada, sou... Mas dizem que se sou... é porque posso."eu passo porque sei"ihihihihih idiotices.
    eu ao contrário de mim sou duas ou três ou várias, sou infinitamente eu.aahhhhhhaahhhahahhhahhh
    dá-me de beber? dá-me de ... dá-me que eu...
    estou influenciada pelos perfis que crio de idiotices e impressões vãs minhas.
    Qual nome eu me daria???

    ( perfil Maurileni Moreira )

    ( . . . )

    Quarta-feira de manhã,dia chuvoso.
    Não consigo me concentrar na aula de química.A chuva caindo me chamam a atenção,como a água que cai,queria escorrer e fugir para longe dali rodeado de pessoas estáticas assistindo atenciosamente aquela aula entediante.

    Número de mols,moléculas e solventes ,nada disso parece me interessar nessa manhã fria e úmida.

    Sinto um vazio inexplicável,aliás,explicável.
    apenas uma e somente uma pessoa poderia completar-me e salvar-me daquela tempestade que caia e vivia dentro de mim.

    Almejo gritar intensamente diante de tudo que vivo nesse momento.
    almejo vê-lo.
    desejo vê-lo.
    quero vê-lo.
    necessito vê-lo.

    Sinto-me como um balão de gás flutuando lento e melancolicamente sobre um parque de diversões amontoado de pessoas estéricamente felizes e simpáticas.

    Sinto-me sozinho.
    Como a lixeira no canto da sala ansiando por mais uma folha de papel amassada,ou como o apagador posto sutilmente sobre o porta pincéis esperando por mais um erro bobo de acentuação ou uma simples troca leviana de símbolos matemáticos.

    desejaria encontra-lo
    nessa manha chuvosa e fria,
    nesse eu,chuvoso e frio.

    ( perfil Felipe Damasceno )

    ( . . . )

    pois é... o amor é mesmo a sede, depois de ter bem bebido. agora eu entendo.

    (perfil Paulo José )

    Tem dia,em que sou o próprio amor.
    Tem dia,em que sou a própria depressão.
    Tem dia,que a felicidade é tanta, que não cabe em mim.
    Tem dia,que meu mau humor é de destruir qualquer jardim.
    Tem dia,que minha sensualidade sai pelos póros.
    Tem dia,que sou só minha;
    melhor amiga;
    melhor mãe;
    melhor amante;
    melhor companheira,como também
    tem dia,em que o oco da escuridão,
    junto do vazio da solidão ,perde
    aos meus olhos tristes.
    E assim,intensamente vivo cada segundo como se fosse o último.
    Às vezes...
    A MAIS BELA DAS ROSAS!!!
    Outras...
    APENAS PÉTALAS MURCHAS JOGADAS EM QUALQUER ESQUINA.

    (perfil Roberta Bernardo )

    (. . . )

    de saco cheio, sem poder botar banca!

    (perfil Thiago Braga )

    (. . . )

    Sabe que todos os dias me faço essa pergunta e ainda não consegui responder?!
    Talvez um pouquinho do Papai junto com um pouquinho da Mamãe acrescido da salada dos Vovôs

    (perfil Tatiana Valente)

    (. . . )

    Enfim finalizo com rosas vermelhas e mel.

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  3. escrito em 20-04-2007

    Para se viver bem, já me disseram, que devemos viver um grande amor. E porque não extravassar e dizer louco amor. É assim que me sinto na altura desse campeonato residindo num centro cultural que cada dia mais se torna mais meu e cada dia mais me dá vontade de abrir portas que nem existem naquele lugar só para eu perceber a efervescesncia das pessoas que querem e resistem perante a vida dançando e fazendo arte.

    Arte de transformar um carioquinha numa janta pra tres, quatro ou cinco. Arte de ver de madrugada a boca da noite e seus perigos e rir mais ou menos tranquilo porque temos esperança no dia de manhã e ainda mais esperança que as pessoas de que as pessoas possam mudar, inclusive nós. Arte de descomplicar problemas, de desatar nós.

    O que está acontecendo naquele espaço é definitivamente algo surpreendente, dá vontade de ir mais vezes mesmo que lá não fosse a minha casa, mas é de muitas formas agora.Casa grande, casa louca, casa arte,casa vida, casa-se vidas.

    Sinto que o caminho conspira ao nosso favor, como também sinto que estamos modificando nossa realidade para bem melhor, devagarinho. Pelo menos caminhamos, ainda tem muita gente com medo de sair nas ruas e enfrentar a vida.

    Artista não tem esse medo.

    O medo do artista é de não poder mostrar sua arte, porque mesmo se ele for impedido/censurado de mostra-la ele dá um jeitinho e esculacha. Mas se não puder mostrar a arte por motivos pessoais é o fim de um artista. Ele vai caindo, vai morrendo, vai se desintegrando. Fica pior que os mortos de verdade. Quando artista morre dessa forma nem seu pó fica entre os mortais.

    Até parece que já vi um desses. Não, não vi. Imagino que seja assim. É, a.ssim.

    Por isso que hoje dou viva e agradeço a Deus por existirem pessoas que não dão o braço a torcer frente as dificuldades. Se todos fossem assim, eu não sei como seria, mas percebendo a gravidade das escolhas dá pra deduzir que seria escãndalo!!

    É, vamos em frente que na frente tem mais gente. Atrás também, mas os que ficaram atrás que nos acompanhem, nós é que estamos indo, nós é que vamos. Não dá realmente pra ficar parado, nem que sua ajuda seja um palito de fósforo,ajude. Pois na ponta do palito tem o que se tiver atrito pode acender uma grande chama.( Eu vim num filme)

    Quero levantar os braços pro céu e agradecer por existirem pessoas feito Paulo José, feito Tatiana Valente, feito Roberta Bernardo, feito Sílvia Moura, feito um monte de gente que é realmente artista!!!!

    Ainda bem que eles existem, fico mais tranquilo pois eu sei que o grito de muitos com eles não vão ficar nunca abafados. ( mmr)

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  4. comentarios made in japan
    Março 5th, 2007
    Tatiana, consegui colocar o CEM no espetaculo, fotos de IDENTIDADES E DE CORPOS CARCERES. Eu sem o CEM sou so silvia Moura, com o CEM SOU SILVIA MOURA.
    Aqui a maneira de Shimitsu criar me faz pensar muitas coisas sobre o meu proprio processo criativo.Tudo 'e mesmo muito subjetivo, delicado, cada artista 'e um universo muito particular ,uma forma 'unica de ver o mundo, de se afetar com as coisas.Estou aprendendo muito, como se fosse minha primeira vez, ele me fez fazer uma ligacao interna com a crianca que eu fui - A CADEIRINHA E EU, e a mulher que sou hoje, e dentro de tudo isso, minha passagem pela prisao, 'e muito sofrido tudo. Mas , o espetaculo 'e muito forte, Somos em cena : Brasil -Silvia e Valeria, Franca - Marlene Joebstl, do Japao : Hino, Aota, Miyke,Ghiro,Kuma, e outras pessos ao redor na Tecnica. Ele trabalha com luz o tempo inteiro, sem musica , com o silencio e sons.Nossa, voce nem imagina como e delicado o processo, ele pode ficar horas com um so ator , e todos ficam quietos so observando.
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    Hoje aqui nevou, o dia amanheceu as 9h da manhã e as 16h ja estava escuro, imagina ??? a neve …. é lindo. Mas esta muito frio , muito.Minha boca estorou e nao tenho remedio. Normal… (6-02-2007)
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    tenho tentado manter o orgulho de ser quem eu sou, mas 'e dificil, porque , de falar a minha lingua, de ter o que tenho, mas aqui se perde a nocao da realidae, o brasil parece, nao existir. 'e triste isso.
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    olhei pro lado e uma luz forte disse : segura menina com força as armas de Jorge. E eu quase sem me mexer , peguei a espada e lutei, luta tão feroz,que nenhum sangue ousou escorrer.
    no fim meu coração batia tão forte e alto que quase não ouvi o final da frase:
    Acabou menina , baixa tua espada , segue teu caminho e voa.(25-12-2006)
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    Silvia

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  5. Está presente e ouvindo é o que há!
    Março 2nd, 2007
    Tive pensando em todas as coisas que vivi por esses dias de total desejo de isolamento, de um total querer se esconder. Por ter presenciado tantos medos próximos aos meus olhos nesse estilo, tenho medo que o meu seja dessa mesma forma. Creio que não, pois não tenho medo de andar nas ruas, nem tenho medo de estranhos…
    O que acontece comigo então??? Será que ando sofrendo de algum mal ainda não conhecido? Será que ando inventando dores, problemas??? Preciso dançar! Preciso dançar e mexer, "rebuliçar" todas as minhas dúvidas, indagações, medos inconcedidos. Imagine só: Estou num palco, nele há apenas uma luz branca sobre mim, essa luz não é muito forte, mas dá pra perceber todos os detalhes do meu corpo: defeitos e partes que possam ser perfeitas(desconsidero-as). Estou vestida com um vestido preto, longo, entraçado nas costas e deixo meus cabelos presos. Movimento-me. No começo uma movimentação lenta, ela expressa a lentidão de decisões pensadas que ando tomando ultimamente. Logo em seguida a música ( estou dançando uma música de Norah Jones) ela se sobressai de meus movimentos e a melodia se torna meus gritos e explosões simultaneas.
    Paraliso. Meu corpo se encontra voltado para o chão, olhando para este como se eu tivesse perdido meu… E perdi. A jóia que segurava em minhas escorreu, deslizou pelo tablado e parou frente a alguns pertences pessoais que me esperavam na boca do palco (meias, luvas, cheiros, batom, brilhos). Fitei-os e permaneci dançando, dessa vez meu corpo está mais rápido, a expressão do meu rosto é firme e almeja posses. Giro e giro e giro e giro e entonteando me lanço às minhas coisas, vou de encontro a elas como se eu estivesse indo de encontro a um rinoceronte, estamos brigando… As coisas e eu. Quem ganhará??? E danço… A música ameaça acabar, a voz vai diminuindo e a minha dança não quer ir embora. A música acaba e eu continuo a dançar. ESTOU COM MEDO! A dança se distancia de mim feito a distância que consiste entre eu e os… Você?! MMR

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  6. Nunca antes.
    Janeiro 30th, 2007
    Era só mais uma noite como todas as anteriores na sacada daquela casa com textura, cheiro e gosto de solidão. Aquelas paredes experientes por presenciar momentos de dor, desejos e devaneios se mantinham praticamente intactas, incapaz de relatar uma só lembrança, evitando assim, que a saudade sentida pudesse ser revivida ou ao menos compartilhada.
    Musicas de péssimas qualidades e vindas de longe era sempre o tema das antigas tramas ali concebidas e da atual nostalgia que amofinava o já pequenino músculo bombeador daquele delicado e frágil corpo, que toda noite se colocava sobre aquela sacada onde ouvia os barulhos dos carros e das pessoas alegres que por ali comumente transitavam, todas acompanhadas.
    Mas algo de diferente havia naquela noite, ela não sabia o quê, mas podia sentir que seu sangue corria quente e aceleradamente dentre seus pequeninos vasos, que seus olhos dilatados alcançavam bem mais do que aquela linha distante deitada que sempre aumentaria mais o espaço entre o que se sonha e o que se é permitido. Mas algo distinto ocorria sobe o a imensidão escura ofuscada por luzes artificiais. Por mais que ela tentasse não conseguia entender o quê exatamente transformava aquela noite em algo tão especial e alheio a todas as outras vezes que se mantinha ali naquele mesmo lugar a espera de algo que nem ela saberia ao certo responder, embora tivesse muitos sonhos, ao menos para contar há alguém, se alguém tivesse para ouvir.
    A musica ruim, o som vindo de todas as vozes parecendo chuva, o barulho rouco dos motores dos carros acompanhados de suas buzinas e gargalhados de crianças em seu interior, tudo alcançava o delicado orifício de seus ouvidos como uma grande sinfonia, como se melodia nenhuma fosse ouvir mais posterior aquela.
    Apertava ferozmente o batente que lhe servira de apoio com uma nova força que lhe alcançara as mãos, já marcadas pelo cimento inconstante mau posto, no muro pouco extenso em que já não se apoiava, mas praticamente o empurrava, como se quisesse sair dali, mas não queria, pois algo que nunca lhe acontecera estava por acontecer e ela não seria tola de permitir que ocorresse sem que ela ali estivesse , pois podia sentia que aquele era o lugar exato que deveria permanecer, e começou a entender o por que de sempre estar ali, daquela mesma forma, vendo todos sobrevir e ela ficar, ouvindo o telefone tocar e ela responder não, podia entender agora por que não resistiu aquela desinteressante residência ao qual fechou contrato como se não houvesse mais lugar algum para ficar. Em meio a respiração ofegante e pensamentos que lhe levavam daquele momento até o exato em que se libertava do ventre materno para iniciar sua jornada, ouvi um barulho ensurdecedor como se soasse o grande momento. Estava tão euforicamente feliz que não sentiu quando lentamente deslizava em direção ao chão, pois seus olhos voltados para cima continuavam a contemplar o brilho embaçado das estrelas e daquela lua que sabia ela, só poderia ter aquele brilho se vista daquele lugar. Sentia-se com muito sono, mas não seria capaz se quer, de pensar em sair dali, pois aquele era o seu lugar. Respiração fraca acompanhada de um quase inaudível som agudo e um líquido salgado, quente, vibrante como o vermelho de sua cor saindo de sua boca e de seu peito. Seria ali pensava ela, ali aconteceria algo que nunca lhe acontecera antes, ali, nunca acontecera antes, nunca antes ali, ali ali… E assim perdida em seus pensamentos não sentiu quando num ultimo sopro de vida seu coração cessou de bater e ficou ali de olhos abertos voltados para a lua, até que alguém perceba que não há mais nenhuma delicada menina na sacada daquela desinteressante casa observando os passantes.

    Thiago Braga.

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  7. pra quê desespero?!
    Janeiro 27th, 2007
    A gente se apresenta, ou melhor falar nos apresentamos todas as terças. E em todas as terças nos doamos para quem tiver nos assistindo, pra quem estiver do nosso lado.
    Quero falar respeitando o EU individualista que sou: um pensamento inteiramente só meu. Danço e o improviso está no palco e em mim, nele há fendas e rachaduras, posso adentrar de uma forma em que eu me encontre ou me perca em questão.
    Tudo é um risco, tudo é uma marcação, tudo está previamente pensado, no entanto quem sou? Quem sou eu para seguir "ypisilindre" tudo que foi proposto? Eu viajo por mundos solitários e por outros mundos que me fazem ora esbarrar ora encostar neles. Se nesse encontro ou desencontro eu os/as machuco, desculpas mas o erro não foi meu. Eu só segui o que meu estado dançante jogava para o ar feito espumas negras, ou quem sabe azuis. E azul é uma cor interessante, lembra meu amigo Thiago. Não, não vá para tão longe. Tudo bem, eu entendo. Às vezes acho que minhas decisões são tão subjetivas que nem percebo que entrei, saí, fugi, escondi de algo ou de alguém.
    Eu perdi o meu caderno que continha frases ditas por todos: Preciso ficar só; o CEM é o improviso em essência; tudo é consequência; não devemos ficar assim.
    Tenho estado distraída de mim, de todos, mas sei que não é a hora apropriada para dizermos…
    Eu preciso de todos e todos precisam de um.

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  8. Um tempo para se organizar.
    Janeiro 18th, 2007
    Estamos um tempo nos organizando, especificamente uma semana. Queremos ajeitar nossa vida, nossos horários, nossos compromissos, nossa arte. Não é tão fácil assim como você possa pensar, parece que tudo está de cabeça pra baixo.
    Tentamos amenizar os fatos, mas a correria dos carros lá fora e a névoa dos pneus ameaçam o tempo. Mas tentamos, continuamos tentando. Um resolve aqui, o outro resolve ali, e ainda há espaço para aqueles que só estão, simplesmente estão em nome, em presença.
    Voltaremos semana que vem, e com a semana: aulas, danças, depoimentos, prisão, leveza, céus e infernos.
    Estaremos aqui e sempre. Resistindo, existindo, vivendo.

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  9. CEM - FÉRIAS, ACABOU…
    Janeiro 18th, 2007

    CEM FÉRIAS!!!! 02/01 À 12/01/2007"
    "O chão é uma estrada sem medo
    e o medo é um poeta preso no porão
    de pés calados no caminho
    onde sou eu sozinho
    qual sozinho é minha arte vadia
    que arde a retina.
    E a vida/
    é um copo de medo
    quebrado na esquina." ( aLAN mENDONÇA)
    Foram duas semanas de muita responsabilidade. Colocamos nas costas toda a nossa bagagem e fomos. Abertos a todo e qualquer intervenção.
    Houve sessões de vídeos,aulas de iluminação, elaboração de projetos, técnicas de Martha Granham, cinema, teatro, dança contemporânea e muito, muito, muito mais.Até mesmo o TROCA-SE fez valer o escambo particular.( Ana Valéria que o diga.)
    Aconteceram milhares de coisas,fusão de milhares de pensamentos, milhares de possibilidades e como diz Robertinha Bernardo em sua atuação ce narradoradora no espetáculo "Três histórias para gente grande e gente pequena": Querer mudar é só uma questão de dedicação e sensibilidade ao que lhe comove."
    E ao falarmos sobre espetáculos, o Terça se dança Especial… Que overdose!
    Ainda faltavam duas aperesentações para fechar o roteiro…mas o público não aguentou, a hora estava ficando tarde e infelizmente o mundo é perigoso e eu tenho medo, nós temos medo, medos.
    Será que Silvia já chegou ao Japão?
    Por aqui em Fortaleza chegamos a um (re)começo de mais uma ano e que nesse ano,2007,o nosso aniversário de 5 anos de existência, possamos entrecruzar mais ainda nossas relações pessoais de dança, na dança.
    E por que não correr o mundo?!
    E por que não (sobre)viver de Arte?!
    E por que não resistir as intempéries cotidianas?!
    Agradecemos a todos que vieram, que aceitaram o pedido, que colaboraram,, que fizeram presente. Agradecemos a todos que de alguma forma nos ajudaram nessa empreitada. Agradecemos e continuamos de portas abertas a quem queira nos acompanhar por ese tempo de abandono necessário.
    Já bate a saudade, sílvia…


    (por Maurileni mOREIRA)

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  10. Tudo é um começo e um desbravamento.
    Janeiro 4th, 2007

    Era para eu ter feito isso há tempo. Fiquei adiando devido a um medo estranho de talvez não dá conta do recado,e olha cá eu trazendo comigo e para nós o CEM. Esse CEM que me fez respirar, me fez encontrar saídas, me fez ver pessoas, situações, vidas… Não é engraçado?!

    A gente dança conforme a música… Vá lá entender porquê só agora.

    Não,vamos para frente, esse CEM não pára, ele é feito água que a gente sabe que um dia pode acabar, mas mesmo assim a temos perto de nós, para nós e dividindo sempre para quem tem sede ou mesmo só quer uns carocinhos d'água,pois da água somos feito e da água necessitamos para viver.Quem vai renegar água?! Minha mãe disse que quem renega morrerá afogado.

    CEM cheio de dança, CEM cheio de revoluções, CEM para todos, CEM mesmo só o CEM.

    Que felicidade!!! Parece que estou agradecendo nesse exato momento por tudo que vivi. Devo agradecer com meu corpo, minha alma, meus sentimentos, minha-nossa!dança.

    É assim, demorei ,mas estamos aqui.

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